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Fiocruz participa de projeto internacional sobre sustentabilidade em coleções patrimoniais 


24/10/2024

Cristiane Albuquerque (COC/Fiocruz)

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A Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) passou a integrar o projeto internacional Our Collections Matter (Nossas Coleções Importam), do Centro Internacional de Estudos para a Conservação e Restauro de Bens Culturais (ICCROM). Com isso, a instituição dá um importante passo para tornar sustentáveis as atividades realizadas em seus laboratórios de conservação e restauração.

O projeto prevê a elaboração de um diagnóstico de sustentabilidade ambiental para cada laboratório, que deve nortear mudanças para que estes se tornem mais sustentáveis (Foto: COC/Fiocruz)

 

Lançado em 2020, o Our Collections Matter visa estimular, aumentar e expandir atividades que apoiam programas sustentáveis pelo uso, desenvolvimento e conservação de coleções patrimoniais. A iniciativa está alinhada à Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas.  

Chefe do Serviço de Conservação e Restauração de Documentos do Departamento de Arquivo e Documentação (DAD) da Casa de Oswaldo Cruz, Nathália Serrano explica que a inserção da COC/Fiocruz na ação de âmbito internacional se deu por meio do Projeto Sustentabilidade ambiental em laboratórios de Conservação da Casa de Oswaldo Cruz, elaborado após a unidade ter participado de uma atividade de campo do ICCROM sobre o tema, em 2022.  

“Sempre tivemos interesse no uso sustentável de materiais e recursos em conservação. Com a mudança do arquivo histórico e da Biblioteca de História das Ciências e da Saúde para Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS), em 2021, vimos uma boa oportunidade de mudar também algumas práticas”, observa Nathália, coordenadora do projeto, que contempla o Serviço de Conservação e Restauração de Documentos do DAD, o Serviço de Museologia do Museu da Vida e o Serviço de Conservação e Restauração do Departamento de Patrimônio Histórico.

“A participação da Casa no projeto ratifica uma parceria constituída com o ICCROM, principalmente, a partir de ações conjuntas em torno da gestão de riscos, e se soma a diferentes iniciativas nacionais e internacionais às quais a Casa tem participado ativamente sobre Agenda 2030, mudanças climáticas e sustentabilidade e suas relações com o patrimônio cultural”, completa Marcos José de Araújo Pinheiro, diretor da Casa.  

O projeto prevê a elaboração de um diagnóstico de sustentabilidade ambiental para cada laboratório, que deve nortear mudanças para que estes se tornem mais sustentáveis. Entre as iniciativas estão a implantação de soluções eficazes para reduzir, reutilizar e reciclar materiais utilizados nas atividades diárias das equipes. As mudanças também serão articuladas a partir do ponto de vista da infraestrutura, com a melhora da qualidade e da eficiência energética dos equipamentos, com a revisão do sistema de iluminação; além da gestão de resíduos produzidos, que devem ser descartados priorizando a segurança ambiental e humana. 

“Essa é uma grande oportunidade de a Casa seguir no caminho do desenvolvimento sustentável em suas atividades, fortalecendo os projetos já em andamento, como este de laboratórios sustentáveis de conservação e restauração do seu patrimônio e o de requalificação do Núcleo Arquitetônico Histórico de Manguinhos – Nahm, além de pensar outras estratégias de aplicação do ideal de sustentabilidade em suas atividades diárias”, destaca Nathália.  

A previsão é de que os trabalhos sejam finalizados até o início de 2025. Até lá, com a conclusão dos diagnósticos da situação atual dos três serviços em relação à sustentabilidade ambiental, serão implementadas ações iniciais e definidas mudanças a serem incorporadas nos próximos anos, a partir de revisões periódicas. Além das atividades realizadas dentro da unidade, a Casa deve se tornar representante nacional do Our Collections Matter para acompanhar a contribuição de instituições brasileiras que atuam com a preservação do patrimônio cultural nos objetivos de desenvolvimento sustentável. 

“Essa troca de experiências deve contribuir com o desenvolvimento de uma consciência nacional sobre o tema e a importância de instituições que preservam coleções patrimoniais no alcance das metas da Agenda 2030”, conclui Nathália. 

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