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Plataforma Cidades em Movimento discute auto-organização popular no AM e RJ (10/2)


09/02/2021

Por: Nathalia Mendonça (Cooperação Social da Fiocruz)

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A plataforma Cidades em Movimento transmite em sua próxima live, no dia 10/02 (quarta-feira), às 16h (17h no horário de Brasília), um ato virtual em defesa da auto-organização popular no enfrentamento da pandemia no Amazonas e Rio de Janeiro e em memória às vítimas da pandemia da Covid-19. Com o objetivo de trazer visibilidade às ações de resistência que têm salvado vidas em ambos os estados, o ato-live pretende criar um espaço de troca, afeto e solidariedade, reforçando a necessidade e importância de um sistema de saúde público que atenda às necessidades de toda população.  A transmissão será realizada através do canal no Youtube da plataforma Cidades em Movimento. 

O Amazonas e o Rio de Janeiro apresentam as duas maiores taxas de mortos por Covid-19 no Brasil, país que – por sua vez – se encontra entre as piores posições no ranking mundial. 

“A live-ato do dia 10 tem como objetivo principal denunciar que o impacto da pandemia não é o mesmo para todos. As periferias do Brasil e do mundo são atingidas de forma muito mais profunda. A pandemia desestabiliza não apenas o sistema de saúde, mas toda a nossa concepção de Estado de direito”, afirmou a antropóloga Fabiane Vinente, técnica em saúde pública na Fiocruz Amazonas. E complementou: “Ouvimos o discurso de que a responsável pela situação de Manaus é a nova variante do vírus, mas esta nova variante só circulou de forma tão eficaz graças ao relaxamento das medidas de distanciamento. Então é um problema que vai muito além da questão biológica e do comportamento do vírus”. A organização do evento produziu um documento justificando sua importância.

O professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Amazonas e membro da Frente Estadual pelo Desencarceramento do Amazonas, Fabio Candotti comentou sobre o trabalho realizado por instituições, coletivos e frentes de mobilização. “A ‘ponta’ do sistema de saúde, hoje, no Brasil, são as organizações populares. Como pesquisador, digo que precisamos ouvir com muita atenção o que elas têm a dizer. A situação das prisões, por exemplo, ainda não foi devidamente incluída nas contas científicas da pandemia. Como militante, desejo que seja um momento para compartilharmos tanto informações e táticas de luta, quanto nossos sofrimentos e lutos”. Fabio Candotti e Fabiane Vinente estão entre os organizadores da iniciativa. 

O ato-live do dia 10 se une a outras atividades do Dia Estadual de Mobilização pelo Enfrentamento da Pandemia de Covid-19 nas Favelas no Rio de Janeiro e é uma iniciativa do Informativo Radar Covid-19 Favelas do Observatório Covid-19 Fiocruz, do Laboratório Território, Ambiente, Saúde e Sustentabilidade da Fiocruz Amazônia e da Plataforma Cidades em Movimento/Cooperação Social da Fiocruz em parceria com a Agenda Nacional pelo Desencarceramento, a Frente Estadual pelo Desencarceramento do Amazonas, a Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência/RJ, Grupo Eco Santa Marta/RJ, Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré /Museu da Maré/RJ e Teia de Solidariedade Zona Oeste/RJ. 


 

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