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Pesquisadores da Fiocruz MG trabalham na produção de hastes em impressoras 3D


24/09/2020

Fonte: Fiocruz Minas

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Pesquisadores da Fiocruz Minas estão envolvidos em um projeto que visa produzir as hastes (cotonetes ou swab), necessárias para a realização do teste molecular (RT-PCR) para o diagnóstico da Covid-19. A proposta da pesquisa é fabricar as hastes por meio de impressão 3D, contribuindo dessa forma para auxiliar na superação de uma das dificuldades enfrentadas pelos órgãos de saúde no decorrer da pandemia, que é a compra desses materiais.

De acordo com o coordenador do projeto, Rubens do Monte, a pesquisa teve início no mês de julho, a partir de uma demanda da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Nesses dois meses, um dos trabalhos desenvolvidos pelos pesquisadores foi a formulação de uma resina própria para a impressão dos cotonetes, com características necessárias, como resistência, flexibilidade e biocompatibilidade.

 “Em parceria com a AstroScience, uma empresa de Uberaba, no Triângulo Mineiro, chegamos a um modelo 3D da haste, realizamos vários testes de impressão e validamos funcionalmente o dispositivo, que é capaz de obter amostras em quantidades compatíveis com swabs convencionais. Agora nós iremos utilizar os dispositivos em pacientes sintomáticos, para comprovar a eficácia dele em acessar amostras de SARS-CoV-2 no nariz e garganta. Além disso, será avaliado o conforto (ou menor desconforto) desse novo swab comparando com swabs convencionais”, explica o coordenador.

O pesquisador destaca ainda que, para que a solução valha a pena, é necessária uma produção em larga escala, pois a matéria-prima utilizada na fabricação dos cotonetes é importada e pode ter um custo elevado, caso não seja fabricado massivamente. Entretanto, havendo alta produtividade, é possível ter um material nacional, viável e bastante competitivo. A intenção dos pesquisadores é que essa solução seja oferecida ao Sistema Único de Saúde, podendo contribuir para o enfrentamento da pandemia no país.

“Um dos pilares da instituição é apoiar o SUS, promovendo a saúde e o desenvolvimento social, por meio da geração e difusão do conhecimento científico e tecnológico. A ideia, então, é oferecer a solução para o nosso  Sistema Único de Saúde”, destaca o pesquisador.

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