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Unidade de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19 inicia atividades na Fiocruz Ceará


24/08/2020

Aline Câmera (Agência Fiocruz de Notícias)

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Desde a confirmação dos primeiros casos da Covid-19, a Fiocruz, instituição vinculada ao Ministério da Saúde, vem trabalhando para dar respostas em diversas áreas. Após desenvolver os testes moleculares para detecção da doença e aumentar sua escala de produção progressivamente, a Fundação inicia a operação de mais uma Unidade de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19. A iniciativa se insere na estratégia de apoio aos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) e ampliação da capacidade nacional de processamento de amostras, ação fundamental para a vigilância epidemiológica do vírus e o enfrentamento da pandemia. Confira imagens, vídeos e materiais de apoio

Com potencial para processar diariamente até 10 mil testes moleculares, a nova unidade está localizada no campus da Fiocruz Ceará, no Distrito de Inovação do Eusébio. Equipada com plataformas automatizadas doadas pela iniciativa Todos Pela Saúde (liderada pelo Itaú Unibanco), a Unidade utiliza a metodologia de PCR em tempo real. Outra Unidade de Apoio, localizada na sede da Fundação no Rio de Janeiro, iniciou suas atividades no último dia 10, podendo liberar até 15 mil resultados de testes moleculares por dia.

“A Fiocruz vem buscando ser parte da resposta à crise humanitária que estamos vivendo desde o início da pandemia. A nossa tradição de 120 anos e a presença em todas as regiões do país nos permitem contribuir com o Ministério da Saúde na estratégia nacional de testagem. Além da mobilização das nossas unidades regionais no apoio aos Lacens locais, unimos esforços para implantar as Unidades de Apoio, que permanecerão como legado para o sistema de vigilância nacional e para o Sistema Único de Saúde [SUS] mesmo após o fim da emergência”, destaca a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.


Com potencial para processar diariamente até 10 mil testes moleculares, a nova unidade está localizada no campus da Fiocruz Ceará, no Distrito de Inovação do Eusébio (foto: Divulgação)

Construída em pouco mais de dois meses, as novas instalações do Ceará ocupam uma área de aproximadamente 2,3 mil m2. A obra foi financiada pela ElopPar (controlada por Bradesco e Banco do Brasil e acionista majoritária de Alelo, Livelo, Veloe e Digio, além da Bandeira Elo) e UnitedHealth Group Brasil (UHG Brasil). O Ministério da Saúde custeará a operação. Em seu pleno funcionamento, cerca de 200 profissionais, entre biologistas e técnicos de laboratório capacitados, se revezarão em três turnos de trabalho para processar as amostras que são encaminhadas pelo Ministério da Saúde.

“A Unidade de Apoio consolida a atuação da Fiocruz no Ceará, que desde o início da pandemia colabora com o Governo do Estado para ampliar a capacidade de diagnóstico da Covid -19. A testagem em massa é muito importante para o controle do coronavírus e nossos profissionais estão prontos para contribuir com essa importante iniciativa”, ressalta o coordenador da Fiocruz Ceará, Carlile Lavor.

Projeto de expansão

A Fiocruz começou, em abril, a unir sua expertise adquirida à infraestrutura tecnológica disponível na implantação de Unidades de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19. Além do Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo foram os estados contemplados inicialmente com as plataformas capazes de processar em larga escala as amostras suspeitas da doença. Os equipamentos foram instalados por Bio-Manguinhos no campus da Fiocruz, no Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) e no grupo Dasa, por meio de um acordo feito com o Ministério da Saúde. Com exceção dessas últimas, a operacionalização dos equipamentos é gerenciada pela Fiocruz, que atua desde a instalação e treinamento de pessoal, até o fornecimento dos insumos necessários e assistência técnica. 

Se até então a mobilização para ampliar a capacidade de testagem era realizada com recursos do Ministério da Saúde – que já destinou cerca de R$ 930 milhões nas diversas ações da Fiocruz nesta área – e a partir de equipamentos disponíveis em Bio-Manguinhos, o projeto das Unidades do Rio de Janeiro e do Ceará inaugurou também uma nova fase, marcada pelo apoio da iniciativa privada. Para viabilizar esse segundo momento, além do importante financiamento do MS que será aplicado na operacionalização das duas unidades, incluindo, entre outros aspectos, a contratação de recursos humanos e a aquisição dos insumos necessários, a Fiocruz contou com a doação de cerca de R$ 200 milhões.

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