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Observatório da Bacia do Cunha lança resultado de projeto sobre saneamento ambiental


24/07/2023

Luiza Toschi (Cooperação Social da Fiocruz)

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Já se vão mais de 30 anos de promessas de despoluição da Baía de Guanabara. A última grande iniciativa foi um dos legados não atingidos dos Jogos Olímpicos de 2016 no Brasil. Atualmente, novas articulações de limpeza e saneamento têm sido mobilizadas no esforço de avançar neste plano ambiental imprescindível para o Rio de Janeiro. Para promover uma gestão participativa deste processo e reduzir as iniquidades socioambientais de uma dentre as sub-bacias que desaguam na Baía, foi criado o Observatório da Bacia Hidrográfica do Canal do Cunha, com apoio de diferentes Unidades da Fiocruz. A atuação na região ao longo dos últimos doze anos se desdobrou no Projeto “Tecnologias Sociais em Saúde da Bacia Hidrográfica do Canal do Cunha” no Alemão, com verba de emenda parlamentar impositiva, que apresentará seus resultados na próxima quarta-feira (26) das 10h às 15h, na sala 410 da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz). 

O envolvimento da instituição está diretamente ligado à proximidade da sua sede ao Canal. Apoiaram a criação do Observatório a Coordenação de Cooperação Social da Presidência da Fiocruz, a Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPPAPS) da Fundação, a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (DSSA/Ensp/Fiocruz), o VideoSaúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e o Laboratório de Educação Profissional em Vigilância e Saúde da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (Lavsa/EPSJV).  

As águas que chegam à Bacia do Canal do Cunha atravessam bairros densamente povoados da Zona Norte da capital, como Manguinhos, Jacaré, Inhaúma, Piedade, Cascadura, Engenho de Dentro, entre outros. No entorno da Bacia, ainda encontram pelo menos 44 favelas. Foi a partir da percepção da população desses territórios socioambientalmente vulnerabilizados sobre as condições de saneamento da área que o projeto desenvolveu suas estratégias. Cerca de 400 pessoas foram entrevistadas para a realização das atividades cujos resultados serão divulgados no encontro. 

“Os resultados dessa pesquisa são interessantes para quem trabalha na área de saneamento porque a gente demonstra outras formas de realizar o saneamento ambiental em território socioambientalmente vulnerabilizados. Especialmente quem desenvolve pesquisas em áreas parecidas com a nossa precisa lidar com condições precárias de coleta de resíduos sólidos, de abastecimento de água e de drenagem e coleta de esgoto”, explicou Adriana Sotero Martins, pesquisadora do Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental (DSSA/Ensp), que conduzirá as conversas e divulgações do encontro.  

Além dela, a geógrafa Rejany Ferreira, membra do Observatório da Bacia Hidrográfica do Canal do Cunha e pesquisadora bolsista da Cooperação Social da Fiocruz também apresentará parte dos resultados do projeto ao lado da equipe e de representantes da ONG Verdejar Socioambiental e Educap, organizações da sociedade civil que participaram do projeto. Para ela, o mais importante é que o trabalho realizado “demonstra que é possível encontrar soluções socioambientais de saneamento não para, mas com as populações dessas áreas. Um dos resultados valiosos do nosso trabalho conjunto foi uma cartilha sobre saneamento que será lançada no Seminário”, antecipou ela. 

Serviço 

Seminário de compartilhamento dos resultados do Projeto "Tecnologias Sociais em Saúde na Bacia Hidrográfica do Canal do Cunha" 

Quarta-feira, 26 de julho 

Das 10h às 15h 

Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca 

Rua Leopoldo Bulhões 1480, sala 410 (sujeito a lotação) 

Para participar, inscreva-se em: https://forms.gle/p1jmo48aimmA4MxA6  

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