18/11/2020
Por: Ricardo Valverde (Agência Fiocruz de Notícias)
O Journal Plos Biology publicou o banco de dados de um estudo que fez a análise do ranking mundial de cientistas. O ranking elenca os 100 mil cientistas mais influentes do mundo, segundo os bancos de dados utilizados até 2019. A pesquisa foi conduzida por uma equipe da Universidade de Stanford (EUA), liderada pelo médico e cientista greco-americano John Ioannidis, que tem diversas contribuições na área da medicina, sobretudo em epidemiologia e clínica médica. O estudo trabalha com dois rankings distintos: um que analisa o impacto do pesquisador ao longo de sua carreira e outro que avalia os impactos da atuação em 2019. Dos 100 mil melhores cientistas do mundo, de acordo com suas carreiras, 600 são brasileiros e, destes, 31 da Fiocruz.
O ranking, publicado em 16 de outubro, considera diferentes métricas de produtividade em pesquisa, citações e afins. Além disso, a lista também inclui cientistas que não estão entre estes 100 mil, mas que figuram entre os 2% melhores em suas áreas específicas de investigação. No total, sete milhões de carreiras foram avaliadas.
Para o estudo foram usadas as citações da base de dados Scopus, que atualiza a posição dos cientistas em dois rankings: o impacto do pesquisador ao longo da carreira (Tabela-S6-career-2019) e o impacto do pesquisador em um único ano, neste caso 2019 (Tabela-S7-singleyr-2019). De acordo com o levantamento, as métricas de citação são amplamente utilizadas, mas nem sempre de forma correta. Por isso, a Plos Biology criou um banco de dados disponível ao público e que menciona os 100 mil principais cientistas do planeta, considerando informações padronizadas sobre citações, índice h, índice hm ajustado de coautoria, citações de artigos em diferentes posições de autoria e um indicador composto. Neste banco, os dados separados são mostrados para impacto ao longo da carreira e ano único.
Segundo o estudo, “são fornecidas métricas com e sem autocitações e proporção de citações para artigos citados. Os cientistas são classificados em 22 campos científicos e 176 subcampos. Os percentis específicos de campo e subcampo também são fornecidos para todos os cientistas que publicaram pelo menos cinco artigos. Os dados ao longo da carreira são atualizados até o final de 2019”.
Além disso, na atualização, as tabelas S6 e S7 também incluem cientistas que não estão entre os 100 mil melhores de acordo com o índice composto, mas estão entre os 2% melhores cientistas de sua disciplina de subcampo principal, entre aqueles que publicaram pelo menos cinco artigos. Os pesquisadores da Fiocruz, alguns já falecidos, incluídos na lista dos 100 mil melhores do mundo por suas carreiras, pela ordem alfabética de sobrenome são:
Sônia Andrade
Zilton Andrade
Aldina Barral
Manoel Barral-Netto
Zigman Brener
Constança Britto
Claudia Codeço
Rodrigo Correa-Oliveira
José Rodrigues Coura
Marcos Cueto
Filipe Dantas-Torres
Solange de Castro
Marcos Vinícius N. de Souza
João Carlos Pinto Dias
Gerusa Dreyer
Ricardo Gazzinelli
Gabriel Grimaldi
Naftale Katz
Antoniana Krettli
Ricardo Lourenço de Oliveira
Hooman Momen
Edson Duarte Moreira
Carlos Morel
Wladimir Lobato Paraense
Alexandre Peixoto
Ana Rabello
Euzenir Nunes Sarno
Wilson Savino
Hermann Schatzmayr
Milena Botelho Pereira Soares
Célia Landmann
A pesquisa completa pode ser acessado no site Journal Plos Biology.
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