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Cooperação Social da Fiocruz lança edição retroativa do Radar Saúde Favela


31/03/2023

Cooperação Social da Presidência da Fiocruz

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A edição nº 18 do informativo Radar Saúde Favela, editorado pela Coordenação de Cooperação Social, está disponível para leitura a partir de hoje (31) nos sites institucionais da Fiocruz. Esse número abordou os 32 Anos de luta das mães que perderam filhos na Chacina da favela do Acari, na Zona Norte do Rio de Janeiro, em 1990, e foi publicado originalmente no site do Le Monde Diplomatique Brasil. Em sua nova fase, o Radar Saúde Favela começou a produzir e difundir informa­ções sobre a situação de saúde e da sua de­terminação social em favelas e periferias de centros urbanos para além da Covid-19. A 18ª edição pode ser acessada aqui.

O especial sobre a chacina do Acari apresenta texto em todas as editorias. Em ‘Debates’, o coletivo da Periferia Brasileira de Letras tece uma homenagem às mães que perderam filhos por ocasião da tragédia. Os sociólogos Fábio Araújo, editor do Radar e Fábio Mallart, também sociólogo e integrante da equipe, entrevistam Carlos Nicodemos, advogado militante atuante no Projeto Legal das Vítimas da Chacina de Acari e no Movimento Nacional de Direitos Humanos. A entrevista recebe o título de “Mães de Acari: a luta jurídica no âmbito internacional”. 

Na editoria ‘Memória’, a equipe entrevista Aline Leite, filha de Vera Lúcia Flores, uma das Mães de Acari, e irmã de Cristiane Leite de Souza, desaparecida desde 26 de julho de 1990. “Eu estou há 32 anos esperando uma certidão de óbito... Eu poderia estar falando aqui com o meu coração menos aflito” é o título da entrevista. “Mães de Acari: um legado histórico” trata da importância do movimento de mães originado por ocasião da chacina e seu desenvolvimento ao longo do tempo. O texto é de Luciene Silva, integrante da Rede de Mães e Familiares de Vítimas de Violência da Baixada Fluminense e do Radar Saúde Favela da Fiocruz. 

Em ‘Ensaios’, Deley de Acari, poeta e ativista afrocomunista, assina o texto “Violência de Estado: do meu lugar de escuta e de fala”. Na editoria ‘O que tá pegando’, Mariane Martins, coordenadora do projeto Periferia Brasileira de Letras e colaboradora do Radar Saúde Favela, traça uma linha do tempo as maiores chacinas do Rio de Janeiro nos últimos 32 anos - relacionadas à quantidade de vítimas e que tiveram como resposta, a criação de coletivos e movimentos sociais de mães e familiares - no texto “Chacinas e criação de movimentos sociais de mães no Rio de Janeiro”.  

NOVO SITE 

Portal Radar Saúde Favela foi lançado em fevereiro deste ano e reúne as narrativas de lideranças populares sobre saúde em diferentes formatos: textos avulsos, o arquivo fechado das edições (PDF), podcasts, vídeos, entre outros. Lá, é possível encontrar todas as edições publicadas desde agosto de 2020. 

O informativo Radar Saúde Favela (originalmente, Radar Covid-19 Favela) foi concebido no âmbito do Observatório Fiocruz Covid-19 e atualmente está alocado na Coordenação de Cooperação Social da Presidência da Fiocruz. Estruturado com base no monitoramento ativo de fontes não oficiais, o antigo Radar Covid-19 Fa­vela trouxe análises populares e científi­cas sobre a situação de saúde em territó­rios periféricos, visibilizando iniciativas populares de enfrentamento à pandemia. 

Lideranças e comunicadores populares podem enviar sugestões de pauta, matérias e crônicas sobre a saúde em seus territórios para o e-mail radarsaudefavela@fiocruz.br

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