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Centro de Estudos da Ensp debate promoção da equidade racial e saúde da população negra (25/5)


23/05/2022

Fonte: Informe Ensp

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O próximo Centro de Estudos da Ensp debaterá na quinta-feira, 25 de maio, a promoção da equidade racial e a saúde da população negra. A atividade vai discutir a busca do protagonismo na agenda acadêmica como estratégia transformadora no enfrentamento ao racismo. O Ceensp será transmitido ao vivo, às 14 horas, pelo canal da Ensp no Youtube e contará com tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

O objetivo do debate é compartilhar o conhecimento sobre a temática da saúde da população negra com a comunidade acadêmica, a partir de elaborações, resultados e análises de estudos recentes, que têm como agenda central o racismo e a saúde em diversas dimensões, aliado à mobilização em prol da Atenção à Saúde da População Negra para o enfrentamento do racismo no setor saúde. 

“Os estudos que serão apresentados neste Ceensp são de relevância para a contribuição da reversão do quadro de apagamento do tema nos espaços acadêmicos. Eles foram conduzidos por mulheres negras egressas da pós-graduação da Ensp, organizadas no profícuo aquilombamento acadêmico. Nossos passos vêm de longe, como parte de um movimento maior que está contribuindo para o enfrentamento e denúncia do racismo em diversas expressões”, destacou a coordenadora do Ceensp, Roberta Gondim. 

As palestrantes do Ceensp serão as egressas da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), Ana Paula Cunha, apresentando o estudo Mortalidade por HIV/AIDS em tendência de queda no Brasil, para quem? Não para negras e negros, e Mayra da Cruz Honorato, falando sobre Corpo preto e suas relações: raça, território e saúde mental. Além de Márcia Mirandela, representando a Prefeitura do Rio de Janeiro, tematizando “O racismo e as relações étnico-raciais em cursos de Pós-Graduação em Saúde Coletiva: um olhar sobre a oferta curricular”. A coordenação do Centro de Estudos é da pesquisadora da Ensp, Roberta Gondim. A pesquisadora da UFRJ, Rita Helena Borret será a moderadora e Michele Seixas, do Conselho Nacional de Saúde (CNS), será a debatedora. 

Racismo e Saúde

A relação entre racismo e as precarizadas condições de vida e de saúde das populações negras e indígenas no Brasil remonta às bases fundacionais de constituição da nação brasileira, de base colonial, cuja definição de lugar social é racialmente definida, explicou a coordenadora da atividade. “Esse debate é historicamente invisibilizado nos diversos espaços sociais, de maneira interessada, pois responde à estratégia de manutenção da matriz de expropriação e acumulação imposta a partir da subalternização de povos”, advertiu ela.

Segundo Roberta Gondim, os espaços de produção e reprodução de conhecimento não são exceções. “Essa discussão precisa ser feita nos termos da construção do saber como parte da transformação social. O enfrentamento ao racismo no setor saúde, pauta antiga e permanente, sobretudo dos movimentos de mulheres negras e dos movimentos negros, tem um importante marco com a implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), cuja sinergia com o debate acadêmico precisa ser feita”.

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