07/11/2024
Isis Breves (Fiocruz Mata Atlântica)
A equipe de Saúde Ambiental da Fiocruz Mata Atlântica deu início a 1ª etapa do projeto Carbono Neutro em parceria com a Embrapa. Foi realizada a coleta de solo das áreas a serem restauradas para análise de fertilidade e concentração de carbono, e a finalidade é plantar 1.333 mudas de espécies florestais nativas da mata atlântica de área degradada da Fiocruz Mata Atlântica (FMA). O projeto terá duração de cinco anos, e as etapas como a produção de mudas, o preparo do solo, o plantio, o georreferenciamento, monitoramento e manutenção já estão em andamento. Porém, o estudo de incremento de carbono na vegetação e no solo serão permanentes A segunda coleta de solo será em 2027, ou seja, a cada 3 anos para estudos e acompanhamento.
As etapas do projeto (como a produção de mudas, o preparo do solo, o plantio, o georreferenciamento, o monitoramento e a manutenção) já estão em andamento (foto: Fiocruz Mata Atlântica)
“Essa ação é resultado de uma parceira com Estratégia Fiocruz para Agenda 2030 (EFA 2030) de coordenação do Paulo Gadelha. A fim de neutralizar o CO2 emitido pelas viagens aéreas referentes ao evento G-STIC Rio, o qual foi promovido pela Fiocruz em fevereiro de 2023, a Fiocruz Mata Atlântica, a qual tem experiência na implantação de projetos de restauração ecológica de um dos biomas mais ameaçados do mundo, que é o da mata atlântica, está implementando esse projeto pioneiro na Fiocruz de neutralização de carbono”, explica a coordenadora adjunta da Fiocruz Mata Atlântica e responsável pelo Projeto de Pesquisa Restauração Ecológica da Fiocruz Mata Atlântica, Andrea Vanini.
Por fim, Andrea Vanini faz um alerta. “A redução das emissões de carbono é uma necessidade urgente. O Brasil se comprometeu no Acordo de Paris a reduzir suas emissões de carbono em 37% até 2025 e cortá-las praticamente pela metade, em 43%, até 2030 em relação ao que emitia em 2005. Um dos principais vilões das emissões de carbono no país é o desmatamento. Os benefícios que uma floresta tem, além de sequestrar e reter o carbono e a relação com os povos tradicionais, é a manutenção da biodiversidade, que gera alimento, renda sustentável, água e saúde”.
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