18/10/2018
Por: Luiza Gomes (Cooperação Social da Fiocruz)
Hoje, mais do que nunca, o papel da informação é discutido tanto por influenciar os rumos de uma sociedade quanto por sua centralidade para garantia de direitos. Nos territórios vulnerabilizados do país, como periferias e favelas sob constantes conflitos armados, há muito em jogo: uma informação que chega pelas redes sociais em um bom momento pode salvar vidas. Esse é o teor de responsabilidade com que convivem as mídias comunitárias no dia-a-dia em contato com os moradores de favelas e também o tema da roda de conversa Comunicar em tempos de fake news: Redes sociais e os desafios na apuração de dados sobre os territórios de favela, que acontece amanhã (18/10), de 14h às 16h, no anfiteatro do Centro de Recepção do Museu da Vida, no campus Manguinhos da Fiocruz.
A roda de conversa é parte da programação da 15ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) na Fiocruz e uma das ações construídas em articulação com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e organizações comunitárias de Manguinhos e Maré. O evento é uma iniciativa da Coordenação de Cooperação Social da Presidência da Fiocruz e da Agência de Comunicação Comunitária de Manguinhos/Jornal Fala Manguinhos! e é aberto ao público.
Para discutir os desafios na apuração de dados atualizados e seguros sobre esses territórios, a curadoria do evento convidou para o encontro o Coletivo Papo Reto (Complexo do Alemão), o Laboratório de Internet Saúde e Sociedade (Laiss/Ensp); Comissão de Agentes Comunitários de Saúde de Manguinhos (Comacs). A roda será mediada por jornalistas do Jornal Fala Manguinhos!.
Segundo a organizadora do evento e comunicadora popular, Brunna Arakaki, da Coordenação de Cooperação Social, as redes sociais e os aplicativos de comunicação inauguraram um novo paradigma na sociabilidade das comunidades. “A sociedade conectada em rede transformou a forma como nos comunicamos. No caso das mídias comunitárias, as redes sociais eletrônicas são ferramenta fundamental para socialização da informação e espaço de expressão de demandas, sobretudo entre coletivos locais e a juventude. Contudo, a mesma tecnologia que possibilita um acesso mais democratizado por um lado, permite a rápida disseminação de notícias falsas por outro”, argumentou.
No mesmo dia e local, de 9h às 11h, a geógrafa e mestre em Dinâmicas dos Oceanos e da Terra Rejany Ferreira fará a apresentação do Observatório da Sub-bacia Hidrográfica do Canal do Cunha, do qual faz parte. A atividade ocorrerá também no anfiteatro do Centro de Recepção do Museu da Vida em diálogo com a mostra fotográfica do canal que cruza o campus Manguinhos e mais de 100 favelas cariocas. A participação é livre.
Serviço
Apresentação do Observatório da Sub-bacia Hidrográfica do Canal do Cunha
Data: 18/10/2018
Horário: 9h às 11h
Local: Anfiteatro do Museu da Vida (Centro de Recepção/Fiocruz)
Roda de Conversa “Comunicar em tempos de Fake News”
Data: 18/10/2018
Horário: 14h às 16h
Local: Anfiteatro do Museu da Vida (Centro de Recepção/Fiocruz)
Participação livre