Pesquisador da Fiocruz Paraná se torna membro da Academia Brasileira de Ciências

A Academia Brasileira de Ciências (ABC) divulgou no dia 4 de dezembro a lista dos novos membros titulares da instituição. O pesquisador Márcio Rodrigues, da Fiocruz Paraná, foi eleito para uma das cadeiras de Ciências Biomédicas da ABC. A posse será realizada em maio de 2024, durante a Reunião Magna da ABC, que ocorrerá no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. Os novos membros são eleitos anualmente e os cientistas são indicados por membros titulares da ABC. Alguns dos requisitos exigidos são estar radicado no Brasil há mais de 10 anos, ter destacada atuação científica e notória liderança nacional na sua área.

Pesquisador do Laboratório de Regulação da Expressão Gênica, Márcio trabalha na busca por ferramentas de enfrentamento para doenças fúngicas – que provocam cerca de 1,5 milhão de mortes todos os anos no mundo – e na investigação dos mecanismos pelos quais fungos causam dano ao hospedeiro. O cientista atua na coordenação geral do Programa Inova da Fiocruz e também é responsável pela implantação e a coordenação de uma unidade internacional do Instituto Pasteur na Fiocruz Paraná.

“A Academia Brasileira de Ciências é responsável pela política de pensamento científico do país. Ao ingressar na ABC, a área de atuação do pesquisador ganha visibilidade. Eu trabalho numa área que é ainda muito reduzida, as infecções causadas por fungos. Não é possível dissociar o pesquisador de sua área, o que deve beneficiar o debate sobre as doenças fúngicas”, afirma Rodrigues.

O pesquisador ressalta que a eleição traz reconhecimento institucional para a Fiocruz Paraná. “Quando você vira um membro da ABC, você representa uma trajetória. Os lugares por onde atuei foram muito importantes para isso, como o Instituto de Microbiologia da UFRJ e o Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS) da Fiocruz, mas o meu tempo na Fiocruz Paraná foi fundamental para alcançar essa honraria.”

Márcio é o segundo cientista da Fiocruz Paraná que se tornou membro da ABC. Antes dele, desde 1997, o pesquisador e ex-diretor do Instituto, Samuel Goldenberg, ocupa uma cadeira na área de Ciências Biomédicas.