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Informativo Radar Covid-19 Favela lança 15ª edição


12/04/2022

Nathalia Mendonça (Cooperação Social da Presidência)

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A 15ª edição do Radar Covid-19 Favela traz em destaque os temas “A pandemia não acabou”, “Direito à água”, “Poluição sonora nas favelas” e “O que esperar da reconstrução das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs)”. Confira todas as edições do 'Radar Covid-19 Favela'.

A seção Megafone traz informações sobre a arrecadação emergencial para as famílias afetadas pelas fortes chuvas na Zona Oeste do Rio de Janeiro, realizada pelo coletivo Teia de Solidariedade Zona Oeste. A seção também destaca o marco de 17 anos da chacina da Baixada com a homenagem realizada pelos familiares às 29 vítimas. 

A editoria O que tá pegando nas favelas e periferias?  abre com o texto “A Favela para turistas x A Favela para os moradores”, da professora e ativista sociocultural Day Medeiros. Nele, a autora apresenta a realidade da favela do Vidigal, Zona Sul do Rio de Janeiro, com postos de saúde superlotados, filas demoradas na testagem para Covid-19, quadro de funcionários reduzidos e a falta de estrutura enfrentada pelas pessoas que, na ausência de um espaço físico para aguardar atendimento, ficam expostas ao sol e chuva. Na mesma editoria, a funcionária do Ministério da Saúde e Agente de Combate a Endemias, Elaine Marcelina relata sua experiência após testar positivo para Covid-19 mesmo com as três doses, estando sem plano de saúde e sem aumento de seu salário há cinco anos. 

A seção também conta com o texto de Felipe Eugênio e Mariane Martins, integrantes da Cooperação Social da Presidência da Fiocruz, que apresenta a Periferia Brasileira de Letras (PBL), uma rede nacional formada por coletivos literários e periféricos e que irá atuar na reivindicação de políticas públicas no campo da literatura em 8 capitais brasileiras (Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Fortaleza, Salvador e Recife). O projeto foi idealizado a partir da experiência do Ecomuseu de Manguinhos/Redeccap. 

Encerrando a editoria, o artigo “Que ruído foi esse?” de Fábio Monteiro, engenheiro ambiental sanitarista, inaugura uma série de textos intitulada “Poluição sonora nas favelas: é preciso falar sobre isso!” e que será publicada ao longo das próximas edições. A coletânea irá tratar do impacto negativo dos ruídos para a vida, saúde e bem-estar de moradores e trabalhadores de territórios de favelas, com relatos pessoais e dados científicos. 

Após sua estreia na 14ª edição, a seção Memórias dos territórios, territórios de memórias do informativo apresenta a entrevista com Joyce Soares, designer de unhas (nail designer) e moradora de Manguinhos. O material foi enviado pela Jovem Aprendiz e estudante de administração no Senac, Paloma Nunes – também moradora de Manguinhos. A entrevista aborda os impactos da pandemia da Covid-19, a adaptação do trabalho, os desafios e inseguranças financeiras enfrentadas pela profissional da estética.

A seção Debates reúne textos sobre o direito humano à água e apresenta outro artigo do engenheiro ambiental sanitarista e morador de Manguinhos, Fábio Monteiro. “Como garantir que a água chegue ao consumidor final com qualidade?” trata dos problemas na distribuição, falta de manutenção e desvios ilegais de água nos territórios de favela. 

O artigo “Água como direito fundamental e políticas públicas” da geógrafa e mestre em  Dinâmicas dos Oceanos e da Terra pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Rejany Ferreira dos Santos, aborda os impactos da contaminação e da dificuldade de acesso à água em populações vulnerabilizadas como indígenas, quilombolas, ribeirinhos e a população moradora de favelas e periferias. O texto também traz informações sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/21 que inclui a água potável na lista de direitos e garantias fundamentais.

Sônia Fleury, coordenadora do Dicionário de Favelas Marielle Franco e Juliana Kabad,  cientista social e mestre em saúde pública, são as autoras do último texto da editoria. O artigo “Rio: o que esperar das UPPS recauchutadas” destaca a trajetória e os erros do programa de pacificação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) nas favelas do Rio de Janeiro. 

Encerrando a 15ª edição, a seção Mobilizações sociais traz o texto “Lugar de Favelado é onde ele quiser, inclusive na universidade”, de André Lima, do Conselho Comunitário de Manguinhos, que registra o primeiro encontro presencial do Fórum Favela Universidade após o início da pandemia de Covid-19. A iniciativa conta com o apoio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (Uezo) e Instituto Federal de Educação. 

O Radar Covid-19 Favela usa como base de coleta dos relatos as mídias sociais de coletivos de favelas cariocas, o contato direto com moradores, lideranças e movimentos sociais e busca sistematizar, analisar e disseminar informações sobre a situação de saúde nos territórios em foco em cada edição. Lideranças e comunicadores populares podem enviar sugestões de pauta, matérias e crônicas sobre a Covid-19 em seus territórios para o e-mail radar.covid19@fiocruz.br. O Radar Covid-19 Favela e o Boletim Socioepidemiológico nas Favelas são iniciativas da Sala de Situação Covid-19 nas Favelas do Rio de Janeiro e podem ser acessados na página do Observatório Covid-19 da Fiocruz.

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