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IFF/Fiocruz lança cartilhas sobre desenvolvimento infantil


05/07/2021

Everton Lima (IFF/Fiocruz)

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A Área de Atenção Clínica ao Recém-Nascido do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), em parceria com as responsabilidades técnicas de fonoaudiologia e terapia ocupacional, lança duas cartilhas com foco no desenvolvimento e comportamento do lactente e infantil. Os informativos apresentam orientações de profissionais do Ambulatório de Follow-Up, Terapia Ocupacional e Fonoaudiologia do Instituto com dicas de interações e brincadeiras indicadas para cada faixa etária.

Livros de tecido, pedaços de pano, bichinhos, argolas, pequenos potes, bolas e cubos, objetos espelhados e sonoros são ótimos para bebês de 4 a 6 meses

Na cartilha O bebê nasceu, e agora? Vamos brincar!, as profissionais informam que o desenvolvimento dos sentidos se inicia dentro do útero e continuam após o nascimento. É brincando que o bebê e a criança adquirem habilidades motoras, cognitivas, sociais e emocionais. Os estímulos oferecidos, ou até mesmo a falta de estimulação, influenciam diretamente na aquisição dessas habilidades.

Ainda dentro do útero o bebê já é capaz de perceber diversos estímulos. “Tato: primeiro sentido a se desenvolver, é o movimento dentro do útero, contato do corpo com a parede uterina; Audição: formada na 25ª semana, o bebê já é capaz de ouvir e tende a preferir vozes e músicas; Visão: inicia entre a 30ª e a 40ª semana de gestação, sendo desenvolvida completamente somente aos 6 anos de vida”, explica a responsável técnica da Terapia Ocupacional do IFF/Fiocruz, Natália Molleri.

Com 1 mês, a visão do bebê está em formação e ele é capaz de enxergar aproximadamente a distância entre o seio e os olhos da mãe. As brincadeiras podem durar poucos minutos, pois o bebê perde o interesse muito rápido. “Seu rosto é o melhor “brinquedo”, então aproveite momentos como a troca das fraldas, o banho e a amamentação para buscar o contato visual e mova seu rosto para os lados. É uma brincadeira muito gostosa!”, comenta Natália, que também alerta: “Ficar de barriga para baixo é essencial para o bebê, mas cuidado, pois essa posição deve ser feita com supervisão. Nunca deixe o bebê dormir de barriga para baixo”.

Bebês de 10 a 12 meses fazem mais coisas sozinhos e têm mais interação com o ambiente, visto que, já ficam em pé com apoio e andam com ou sem apoio. “Se seu filho já tem 1 ano e ainda não anda, fique calmo e converse com o pediatra, pois isso varia entre uma criança e outra. Nesse período, é importante ter cuidado com a quina de móveis, tomadas, fios soltos e tapetes, pois é a fase do ‘mexe em tudo’”, ressalta Natália.

O bebê cresceu, e agora? Do que vamos brincar? aborda que é brincando que a criança desenvolve habilidades motoras, cognitivas, sociais, emocionais e de linguagem. “Nessa outra cartilha, reforçamos que essas habilidades são importantes para correr, pular, passar obstáculos, encontrar soluções para os desafios, aprender a contar, conhecer cores, se comunicar, entender seus sentimentos, interagir, etc.”, conta a neonatologista e pediatra do Ambulatório de Follow-Up do IFF/Fiocruz, Letícia Villela.

Crianças de 1 a 2 anos aprendem através da observação e da imitação. “Brinque junto, ensine, dê o modelo e se divirta. Brincar de imitação, por exemplo, falar ao telefone e com a rotina da casa são algumas sugestões. Também são indicadas brincadeiras de identificar e nomear as partes do corpo, objetos e animais, fazer os sons e incentivar que a criança imite”, comentam Letícia e a fonoaudióloga do IFF/Fiocruz, Luciana Mayrink. Já as crianças de 7 a 8 anos têm mais interesse em jogos com regras, englobando cada vez mais o mundo adulto. “O resultado é mais importante que o ato em si de brincar. Então, explore mais brincadeiras que obtenham algum resultado final, como damas, dominó, forca, quebra-cabeça com mais peças e caça-palavras”, completam as profissionais.

Quanto o bebê vê desde o início da vida?

Em 2019, Natália Molleri lançou a cartilha O Que Seu Bebê Vê?, elaborada em parceria com a oftalmologista pediátrica do IFF/Fiocruz, Andrea Zin. O informativo destaca que alterações visuais em bebês e crianças podem ter diferentes causas, dentre elas a catarata congênita, toxoplasmose, retinopatia da prematuridade, glaucoma e alterações do sistema nervoso central. Mas, na prática, como apresentar os estímulos visuais para que o bebê aproveite ao máximo? Confira na cartilha.

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