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Fiocruz recebe visitas de autoridades chinesa e suíça


10/07/2023

Ana Paula Blower (Agência Fiocruz de Notícias)

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A Fiocruz recebeu, na última semana, visitas de autoridades e comitivas estrangeiras interessadas na atuação e em possíveis áreas de cooperação com a Fundação. Em ocasiões distintas, o embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, e o Conselheiro Federal da Suíça, Guy Parmelin, participaram de reuniões na Residência Oficial, onde reforçaram a disponibilidade para expandir parcerias já existentes e investir em novas, principalmente, nas áreas de vigilância, saúde pública, one health, inovação, produção e pesquisa.Outro ponto destacado pelas delegações foi o papel central da Fiocruz na região no enfrentamento a pandemia e como é necessário unir esforços para enfrentar novas crises de saúde global. 

Na última quinta-feira (6/7), o presidente da Fiocruz, Mario Moreira, recepcionou o embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, que estava acompanhado de comitiva, que incluía a cônsul geral no Rio de Janeiro, Tian Min. Moreira fez um agradecimento formal ao governo chinês e ao último embaixador pelo apoio durante a pandemia, especialmente no fornecimento do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) para a produção de vacinas. Ele também lembrou a ida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, quando fez parte da comitiva presidencial, salientando que os principais acordos na área da saúde foram assinados pela Fiocruz. 

Na reunião da última semana, o presidente da Fiocruz e embaixador reforçaram o interesse mútuo em ampliar parcerias, especialmente nas áreas de pesquisa, vigilância e farmacêutica, destacando ser este um momento propício para isso. Neste aspecto, Qingqiao foi informado sobre a nova planta de vacinas que está sendo desenvolvida pela Fiocruz e pediu mais informações, a fim de colaborar com investimentos, trazendo a visão de possíveis parcerias com o setor empresarial chinês também. 

Uma cooperação que foi destacada com o objetivo de ser colocada em prática foi a instalação do Centro Sino-Brasileiro de Pesquisa e Prevenção de Doenças Infecciosas (IDRPC). Em abril deste ano, um acordo que estabelece as bases da parceria foi assinado em Pequim. “Temos grande interesse em desenvolver parcerias tecnológico-científicas com a China. Pela perspectiva da Fiocruz, a relação entre os países é muito promissora”, afirmou Moreira, chamando atenção para o fato de que a Fundação é um polo central na região. “Portanto, cooperações com a China implicam em parcerias para a região, não só para o Brasil”.

O embaixador afirmou que, agora, é a hora de estabelecer projetos específicos e colocá-los em prática: “Nos últimos anos tivemos muitos avanços na nossa cooperação nas áreas de saúde pública, prevenção e controle de doenças. Nós vemos a Fiocruz com um papel relevante de liderança nessa cooperação sino-brasileira” afirmou o embaixador. “Podemos pensar em mais pesquisas conjuntas e no maior compartilhamento de dados, além de aumentar a sinergia com empresas, ampliar a cooperação em tecnologia biológica e tecnologia genética e nas áreas da medicina tradicional para trabalharmos no desenvolvimento de novos fármacos”. 

Compromisso com a saúde pública 

Em viagem ao Brasil, o Conselheiro Federal da Suíça Guy Parmelin esteve na Fiocruz, na última sexta-feira (7/7), acompanhado de uma comitiva econômica e científica, que incluía o Embaixador no Brasil, Pietro Lazzeri, e representantes do governo e da indústria do país europeu. O grupo foi recebido pelo vice-presidente de Inovação e Produção, Marco Krieger, para uma reunião de aproximação. Além de uma apresentação institucional da Fiocruz, a reunião girou em torno de potenciais áreas de cooperação, como inovação, bioeconomia e one health. 


Conselheiro Federal da Suíça, Guy Parmelin esteve na Fiocruz na última sexta-feira (7/7) (foto: Peter Ilicciev)

O ministro Parmelin elogiou o compromisso da Fiocruz com o avanço da saúde pública e na promoção do conhecimento científico. “Desde pesquisas inovadoras até o desenvolvimento de vacinas que salvam vidas, suas contribuições tiveram um impacto profundo na saúde pública, não apenas no Brasil, mas também globalmente. A Fiocruz é referência em doenças infecciosas, imunologia e medicina tropical”, afirmou ele.

Ele destacou que a Suíça também tem o compromisso com a pesquisa em medicina tropical. “O renomado Instituto Suíço de Saúde Tropical e Pública, em particular, é um parceiro de longa data da Fiocruz e essa parceria produziu resultados científicos promissores no passado e esperamos que continue a fazê-lo no futuro”, destacou ele.

O ministro lembrou que a Fiocruz colabora com fornecedores suíços de produtos farmacêuticos e equipamentos e ressaltou que ainda há muito a ampliar em termos de cooperação entre a Suíça e a Fiocruz: “Temos muitas possibilidades para colaborar melhor, em diferentes setores”. 


O grupo também visitou o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) e o hospital de doenças infecciosas do Instituto Nacional de Infectologia (INI/Fiocruz) (foto: Peter Ilicciev)

Krieger reforçou o compromisso da Fiocruz em fornecer qualidade e desenvolvimento tecnológico ao Sistema Único de Saúde (SUS), com o objetivo de diminuir as disparidades. “Nossa primeira função é abastecer a saúde pública brasileira e de forma sustentável. Trabalhamos com alta tecnologia para ter melhor qualidade e preço para abastecer também as populações negligenciadas, o que inclui o tratamento, por exemplo,  de doenças crônicas, de HIV/Aids. Estamos abertos a discutir em todos esses campos”, avaliou Krieger. 

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