13/12/2022
Gustavo Mendelsohn de Carvalho (Agência Fiocruz de Notícias)
O Prêmio USP de Direitos Humanos de 2022 foi dedicado à Fiocruz e ao Instituto Butantan, pelo papel decisivo desempenhado no enfrentamento da pandemia da Covid-19 no Brasil. Na cerimônia da premiação (8/12), o presidente da Comissão e ex-ministro de Justiça (2000/2001), José Gregori, enfatizou que as duas instituições premiadas “nos enchem de orgulho e honram o conhecimento que herdaram, que, no difícil momento da pandemia, substituíram aqueles que deveriam ter agido, impuseram-se de maneira efetiva e encontraram uma forma de minimizar o sofrimento”. Ele fez questão de reconhecer que a homenagem “antes de tudo, é um registro para que não sejam esquecidos aqueles que cumprem sua missão sem esperar aplausos ou agradecimentos, aqueles que trabalham sem outro compromisso do que servir à ciência e à vida”.
O diretor executivo da Fiocruz, Mario Santos Moreira, e a vice-reitora Maria Arminda do Nascimento Arruda (foto: Marcos Santos/USP Imagens)
Diretor executivo da Fiocruz, Mario Santos Moreira recebeu das mãos da vice-reitora Maria Arminda do Nascimento Arruda o diploma referente ao Prêmio USP de Direitos Humanos. Em seu discurso, Mario Moreira manifestou a honra de representar a Fundação “nesta casa da ciência e da democracia”. Ele disse ainda que, “assim como o Butantan, a Fiocruz se reafirmou e se fortaleceu durante o enfretamento da pandemia, e teve um papel importante na representação da ciência como elemento central da democracia”. O vice-presidente afirmou que “o enfrentamento da pandemia se deu com base nas instituições, nas universidades, que assumiram a responsabilidade e foram fundamentais diante de um governo encolhido, paralisado, que não soube enfrentar a pandemia adequadamente”.
Prêmio USP de Direitos Humanos
Criado pela Comissão de Direitos Humanos da Universidade em 2000, o Prêmio tem o objetivo de identificar e homenagear pessoas e instituições que, por suas atividades exemplares, tenham contribuído significativamente para a difusão, disseminação e divulgação dos direitos humanos no Brasil. Entre as instituições e personalidades que já foram homenageadas com o prêmio estão o Instituto Geledés, o padre Júlio Lancellotti, a Faculdade Zumbi dos Palmares, a socióloga Eva Blay, o antropólogo Kabengele Munanga e o médico oncologista Drauzio Varella.
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