22/06/2021
Agencia Fiocruz de Noticias (AFN)
A Fiocruz foi eleita membro do Conselho de Coordenação Conjunto do Programa Especial de Pesquisa e Treinamento em Doenças Tropicais (TDR) da Organização Mundial da Saúde (OMS). A eleição ocorreu na última quinta-feira (17/6) durante a 44ª reunião do Conselho, conferindo à Fundação um mandato que vai de 1º de janeiro de 2022 a 31 de dezembro de 2025.
“É um fato da maior relevância este reconhecimento da Fiocruz. A Fundação buscará aprofundar junto ao Conselho propostas vinculadas a uma visão que leve principalmente em conta as populações negligenciadas de todo o mundo, por meio de esforços no campo da pesquisa, da educação em saúde e, sobretudo, pensando na preparação da sociedade diante de emergências sanitárias”, disse a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, lembrando que a instituição sempre desempenhou, em seus 121 anos de existência, um papel de destaque no enfrentamento das chamadas doenças tropicais.
O Conselho de Coordenação Conjunto (JCB, na sigla em inglês) é composto por 28 membros, e é o órgão que governa o TDR. Seu principal papel é coordenar os interesses e responsabilidades de todas as partes envolvidas. O TDR, por sua vez, é um programa global de colaboração científica criado em 1975. Seu foco é melhorar a saúde e o bem-estar de populações pobres afetadas por doenças infecciosas através da pesquisa e da inovação. Ele é copatrocinado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), pelo Banco Mundial e pela OMS, que são membros permanentes do Conselho.
A Fiocruz foi eleita para ocupar uma das quatro vagas reservadas a “parceiros de cooperação”. Segundo a missão brasileira em Genebra, a escolha da Fundação “foi objeto de avaliação amplamente positiva do secretariado do TDR, que reiterou interesse em aprofundar o diálogo, inclusive com vistas a elevar o perfil da participação brasileira no conselho”. O último mandato do Brasil como membro titular do JBC se encerrou em 2013.
Nísia lembrou ainda que a Fiocruz desempenhou papel importante no TDR desde a sua criação, com o programa já tendo sido comandado por Carlos Morel, ex-presidente da Fundação. Como contribuição, a Fiocruz espera “reforçar a cooperação entre países, uma visão de equidade, pesquisa e educação em saúde que tenha no acesso por parte da população sua orientação mais estratégica”, destacou a presidente.
Para as outras três vagas, foram escolhidos Burkina Faso, Zâmbia e a Iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi, na sigla em inglês). Por sua vez, deverão ocupar sete das oito vagas disponíveis reservadas para governos que contribuem financeiramente para o TDR Malásia, México e Suíça, além dos chamados constituencies: Alemanha-Luxemburgo, Panamá-Espanha e Reino Unido-EUA. Uma vaga remanescente permanece aberta.
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