Fiocruz

Fundação Oswaldo Cruz uma instituição a serviço da vida

Início do conteúdo

Covid-19: pesquisadora do Icict/Fiocruz é uma das cientistas com mais publicações sobre a doença


21/03/2022

Fonte: Icict/Fiocruz

Compartilhar:

Célia L. Szwarcwald
Pesquisadora do Laboratório de Informação e Saúde do Instituto de Comunicação em Informação em Saúde (Icict/Fiocruz), Célia L. Szwarcwald é uma das 10 cientistas brasileiras que mais publicaram artigos sobre a Covid-19 em revistas científicas de circulação mundial durante a pandemia. Até dezembro de 2021 foram 24 artigos. O ranking considerou os artigos indexados na plataforma internacional Scopus, um dos maiores bancos de dados da literatura científica revisada por pares no mundo.

A principal área pesquisada pela acadêmica foi a comportamental, através da pesquisa Convid, realizada em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A finalidade do estudo foi verificar como a pandemia afetou ou mudou os hábitos de adultos e adolescentes brasileiros. Para tal, participantes contactados por meio de redes sociais responderam a um questionário com perguntas sobre sedentarismo, alimentação, uso de álcool, tabagismo, entre outras áreas.

“Foi um período que afetou todos os aspectos da vida dos brasileiros, gerando muita incerteza, especialmente no começo, quando pouco se sabia, de fato, sobre a doença. A adesão à nossa pesquisa foi imensa e acredito que isso se deu porque as pessoas estavam querendo entender e saber o que estava acontecendo com elas. Pudemos verificar um aumento grande no sedentarismo, piora nos hábitos alimentares, aumento expressivo no uso de álcool e no número de cigarros. Além disso, os participantes relataram sentimentos frequentes de tristeza, isolamento e ansiedade”, comenta a cientista.

Pesquisas como essas são fundamentais para entender os problemas de saúde que podem ocorrer durante períodos longos de restrição de contatos presenciais. E como lidar com eles, afirma Célia:

“Em um momento de alta produção científica, fiquei muito surpresa de aparecer no ranking. E feliz. Esse tipo de análise que pudemos realizar com informações da pesquisa ConVid pode contribuir para políticas voltadas para as consequências da pandemia nos hábitos dos brasileiros. E nos preparar para o futuro”, disse.

Outra pesquisadora que está no ranking é Marta Giovanetti, virologista do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), da Fiocruz.

Voltar ao topoVoltar