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Artigo aborda a remoção de produtos farmacêuticos e produção de água de reuso


25/03/2022

Penélope Toledo (INCQS/Fiocruz)

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O dia 22 de março foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) como a data para que a comunidade internacional coloque em pauta questões essenciais que envolvem os recursos hídricos, como o seu uso consciente, acesso por toda a população e poluição. O Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz), dentre outras atuações, participa de projetos e pesquisas voltados à identificação de resíduos de produtos em água, sendo o estudo mais recente publicado na ScienceDirect em dezembro de 2021.

O referido artigo, intitulado Aplicabilidade do biorreator osmótico utilizando pirofosfato de potássio como solução de extração combinada com osmose reversa para remoção de produtos farmacêuticos e produção de água de reuso de alta qualidade, foi desenvolvido por Mychelle Alves Monteiro, Maria Emanuelle Damazio Lima, Patrícia Condé de Lima e Daniela Silva Santana, do Laboratório de Medicamentos, Cosméticos e Saneantes do Instituto, em conjunto com Jessica Rodrigues Pires da Silva, Fabiana Valéria da Fonseca e Cristiano Piacsek Borges, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O estudo discute a presença de resíduos de fármacos em águas para consumo humano, seus efeitos ecotoxicológicos e técnicas de tratamento e reutilização de efluentes que estão sendo pesquisadas.

O tema já havia sido objeto de artigo publicado também no ano passado, no mesmo periódico, sob o título Estudo dos efeitos de fármacos no processo de lodos ativados combinando oxidação avançada com ultravioleta/peróxido de hidrogênio para aumentar sua remoção e mineralização de efluentes, este assinado por Mychelle e Soraya de Mendonça Ochs, do INCQS/Fiocruz, em parceria com Jessica, Fabiana, Cristiano, que assinaram o mencionado acima, mais Clarissa da Silva Moura, da UFRJ.

“A presença de antibióticos nos rios pode proporcionar o desenvolvimento da resistência aos antimicrobianos, isto é, os microrganismos como bactérias, vírus, fungos e parasitas se tornarem mais resistentes aos medicamentos que visam combatê-los, prolongamento a enfermidade e até levando a óbito. Além disso, fármacos de alto risco ecotoxicológicos podem acarretar efeitos tóxicos nos organismos aquáticos, contaminando espécies e com impactos ambientais”, alertam.

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