O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) promoveu, na última sexta-feira (31/01), a primeira atividade em celebração ao Dia Nacional da Visibilidade Trans deste ano (2025). A Oficina Transcrições, realizada pela equipe de Educação Comunitária do Laboratório de Pesquisa Clínica em IST, HIV/Aids (LapClin Aids) do Instituto, contou com apresentações artísticas, aula sobre a arte no contexto das vivências trans e lançamento do novo episódio da série Cozinhando com PrEPina Blue.
O evento também foi uma oportunidade para mostrar a obra de arte premiada Bandeira reconstruída, premiada em 2024 no Concurso-Festival Fazendo Arte com Prevenção, promovido pela Universidade de São Paulo (USP). O trabalho reflete a luta da comunidade trans e a resistência e a união, carregando as cores e histórias das pessoas trans. O trabalho foi executado pelos educadores comunitários do INI. A obra gigantesca foi exposta na lateral do prédio do Ensino, durante a Oficina Transcrições.
Além da programação, também aconteceram quatro homenagens surpresas para as pesquisadoras que abrem espaço para a visibilidade da população trans dentro do Instituto e promovem o protagonismo dessas pessoas. As homenageadas foram a pesquisadora e diretora do INI, Valdiléia Veloso; a pesquisadora e chefe do LapClin Aids, Beatriz Grinsztejn; a pesquisadora do LapClin e coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP do INI), Sandra Wagner; e a pesquisadora do LapClin Aids, Emilia Jalil.
Valdiléa falou da importância do evento para marcar a data. “Organizado por elas, este evento é para elas e para todos nós. É a visibilidade trans, mas também é a visibilidade do que é feito aqui no INI juntamente com a comunidade trans, o que nos dá orgulho e nos ensina muito. É um ensinamento essencial para que possamos atender melhor às necessidades da população brasileira”, ressaltou.
O coletivo Transcrições, que completará 10 anos em maio, promove regularmente eventos que combinam atividades lúdicas, culturais, educativas e de acolhimento que buscam promover o acesso à saúde e aos direitos da população trans.
Para a educadora comunitária do LapClin Aids Laylla Monteiro, organizar um evento como esse é uma oportunidade de ocupar espaços e mostrar a potência da comunidade trans. “É entender que esse espaço é democrático, onde se fala dos nossos corpos com a nossa participação e presença. É esse reconhecimento que o INI, dentro da Fundação Oswaldo Cruz, está agregando e fortalecendo a nossa pauta, porque é um evento de visibilidade pensado por nós”, conclui.
No dia 07 de fevereiro, o INI realiza mais um evento para marcar o Dia Nacional da Visibilidade Trans, em parceria com o Fórum Nacional de Travestis e Transexuais Negras e Negros (Fonatrans), no auditório do Museu da Vida no campus da Fiocruz, em Manguinhos no Rio de Janeiro, a partir das 8h30, com transmissão ao vivo pelo Youtube. Na ocasião, serão apresentados os resultados da pesquisa Travestilidades Negras e dos projetos HPTN 091 e Brilhar e Transcender (BeT).
* Edição: Alexandre Magno