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Janeiro Roxo: conheça as práticas do IdeiaSUS que fortalecem a luta no combate à hanseníase


14/01/2025

Ana Karolina (Plataforma IdeiaSUS Fiocruz)

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Foto: Peter Ilicciev (CCS)

O primeiro mês do ano é dedicado à conscientização e luta no combate à hanseníase, doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae, bactéria que afeta a pele, os nervos periféricos, olhos e mucosa nasal. Seus sintomas incluem manchas claras ou avermelhadas com alteração de sensibilidade, dormências e fraqueza muscular. Se não tratada precocemente, pode levar a incapacidades físicas permanentes. De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil ocupa a segunda posição mundial em números de casos, atrás apenas da Índia. 

Carregando ainda mitos e estigma, a hanseníase está fortemente relacionada a condições econômicas, sociais e ambientais desfavoráveis. Sua alta endemicidade compromete a interrupção da cadeia de transmissão, tornando-se imprescindível a incorporação de ações estratégicas que visem garantir o atendimento integral às pessoas acometidas pela doença. Por isso, a campanha busca informar a população sobre os sinais e os sintomas da doença, como manchas na pele com perda de sensibilidade, dormência e fraqueza muscular, além de reforçar que o tratamento é gratuito e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). 

Envolvida com a campanha, a Plataforma IdeiaSUS apresenta diversas experiências relacionadas à hanseníase, buscando contribuir para o fortalecimento das ações de combate à doença no Brasil. Entre as práticas bem-sucedidas destacadas pela plataforma estão:

Revisitando o passado: a importância da ex-colônia Santa Isabel, Betim (MG), como espaço de memória na prevenção do estigma: imersão de agentes comunitários de saúde de Contagem (MG): 

Nesta prática, agentes comunitários de saúde de Vargem das Flores, Contagem (MG), participaram de uma visita à ex-colônia Santa Isabel, em Betim (MG), em parceria com o Movimento de Reintegração dos Acometidos pela Hanseníase (Morhan) e o Centro de Memória da Hanseníase Luiz Verganin. A colônia, criada no início do século 20, para isolar compulsoriamente pacientes com hanseníase, a visita teve como objetivo inserir os agentes nesse contexto histórico, ajudando-os a compreender a evolução da hanseníase, os impactos do estigma e a importância do papel dos profissionais de saúde no combate à doença e na promoção da empatia em suas comunidades.

Toda beleza conta a sua história: ex-pacientes de hanseníase na luta contra o estigma:

Criado em 2021, durante a pandemia de Covid-19, o projeto Toda Beleza Conta a Sua História promoveu conscientização sobre a hanseníase sem comprometer a segurança de usuários e profissionais. Inspirado no tema Conhecer para não discriminar, ex-pacientes do Grupo de Autocuidado (GAC) do Complexo Hospitalar Dr. Clementino Fraga participaram de uma sessão fotográfica em parceria com o fotógrafo Suelânio Viegas.

Com estúdio, maquiagens e adereços, o ensaio elevou a autoestima dos participantes, destacando suas histórias de superação e reabilitação. As fotos foram expostas na Secretaria de Estado da Saúde e no hospital, além de utilizadas em materiais educativos virtuais. Depoimentos coletados reforçaram o impacto do GAC no fortalecimento pessoal e coletivo, celebrando os participantes como protagonistas de suas trajetórias.

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