17/01/2025
Gustavo Carvalho (Agência Fiocruz de Notícias)
O Boletim InfoGripe da Fiocruz divulgado nesta quinta-feira (16/1) traz dados atualizados sobre casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) relativos à segunda Semana Epidemiológica de 2025, abrangendo o período de 5 a 11 de janeiro. O Boletim volta a sinalizar queda das tendências de longo prazo (últimas seis semanas) e de curto prazo (últimas três semanas). No entanto, a pesquisadora Tatiana Portella assinala que “há um crescimento de casos, especialmente entre idosos, em estados do Nordeste e do Norte”.
O rinovírus continua sendo o principal responsável pelos casos de SRAG em crianças e adolescentes de até 14 anos. A incidência semanal média de Covid-19 mantém sua predominância entre os idosos, elevando a mortalidade na população acima de 65 anos, mas também apresentado maior impacto nas crianças pequenas. O Boletim registra que continuam aumentando os casos de SRAG associados à Covid-19 entre os idosos na Paraíba, Sergipe, Amazonas e Rondônia. O mesmo ocorre na população adulta no Ceará, mas o aumento de casos entre os idosos no estado já começa a dar sinais de reversão.
Em Alagoas e Roraima o cenário permanece oscilante, com indicação de atenção devido ao aumento de casos de Covid-19 em estados do Norte e Nordeste. “Nas demais regiões do país observamos um cenário mais tranquilo, principalmente no Centro-Sul, onde há uma diminuição dos casos de SRAG”, afirma Tatiana. Em localidades que tenham um aumento de casos, a pesquisadora reforça a recomendação do uso de máscaras “em locais fechados, com maior aglomeração de pessoas e nos postos de saúde, diante o aparecimento de sintomas de síndrome gripal, devem ficar em casa, em isolamento”.
No quadro nacional, quatro capitais têm indicadores de crescimento dos casos de SRAG: Boa Vista, João Pessoa, Rio Branco e Porto Velho. Nas últimas quatro semanas, a prevalência de casos positivos, foi assim distribuída: 8,1% para influenza A, 4,5 % para influenza B, 12% para vírus sincicial respiratório (VSR), 21,1% para rinovírus e 49,1% para Sars-CoV-2. A prevalência de óbitos entre os casos positivos foi de 5,9% para influenza A, 4,1% para influenza B, 1,4% para VSR, 8,6%, para rinovírus e 77,5% para Sars-CoV-2.
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