Seminário discute Direitos Humanos e Integralidade do Cuidado no SUS

O Programa de Políticas Públicas, Modelos de Atenção e Gestão do Sistema e Serviços de Saúde (PMA), ligado à Vice-presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB), incentivou a promoção do Seminário Direitos Humanos e Integralidade do Cuidado no SUS, no último dia 13 de novembro, no Colégio Brasileiro de Altos Estudos, da UFRJ. A organização foi da pesquisa Cuidadoria de Mães, coordenada por Kátia Maria Oliveira de Souza, que integra a Rede Equidade com Diversidade, do PMA. Essa iniciativa organiza atividades nos eixos: autocuidado, cultura, lazer e direitos humanos, visando contribuir para o enfrentamento das dificuldades ocasionadas pelo processo de adoecimento prolongado. 

O evento reuniu profissionais da saúde, acadêmicas/os, estudantes e mães participantes do projeto, para debater temas relacionados à saúde, direitos humanos e políticas públicas, sob perspectivas de classe, raça e gênero. A mesa de abertura contou com Mariana Setúbal (Direção IFF/Fiocruz), Rafaela Ribeiro (CRESS/RJ) e de Mirtes Nascimento (Saúde Mental IFF/Fiocruz). 

Na sequência, houve a Mesa Redonda: Direitos Humanos como Cuidado - Desafios ao Marco Conceitual da Política Nacional de Cuidados, Brasil 2023, com exposições de Silene Freire (FSS/UERJ), Letícia Batista (EPSJV/Fiocruz) e Adriana Castro (VPAAPS/Fiocruz), que abordaram sobre os desafios contemporâneos das políticas públicas de cuidado, destacando a necessidade de resistir ao sucateamento do SUS e à regressão dos direitos sociais.

Outro ponto alto da programação foi a fala da representante das mães acompanhantes de crianças com condições crônicas complexas, hospitalizadas por longos períodos, Tatiana Furtado, que compartilhou um relato emocionante sobre o impacto da iniciativa do projeto em sua vida, com o acesso a direitos e políticas públicas, no contexto do SUS. Essas mães enfrentam desafios psicossociais intensos, decorrentes da complexidade dos cuidados. 

Após um momento de debates, o evento foi encerrado com uma Intervenção Cultural ligada à dança, que proporcionou um momento de expressão e integração entre as pessoas participantes. O seminário reafirmou a relevância  dos espaços de diálogo para fomentar o pensamento crítico e fortalecer a luta por políticas de cuidado mais integradas e humanizadas no SUS, em especial para populações historicamente vulnerabilizadas.