19/12/2024
Fonte: Clara Guimarães (Ensp/Fiocruz)
A evolução da inteligência artificial (IA) e seu impacto nas publicações científicas são tema do Editorial de novembro. O manuscrito avalia o papel da IA nas atividades editoriais e no apoio à escrita acadêmica, ressaltando as oportunidades e desafios éticos envolvidos. “Nosso objetivo é compreender e orientar o uso desses recursos de maneira transparente e ética, tanto por autores quanto por pareceristas e editores”, destacam as Editoras-chefes.
Outro destaque é o Perspectivas que apresenta a trajetória regulatória da cannabis medicinal no Brasil e debate questões como o problema da segurança e quem molda a regulação. As autoras apontam que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite o acesso a produtos contendo cannabis sem avaliação formal de eficácia e segurança, mediante prescrição médica.
Na Revisão deste fascículo foram avaliados 48 estudos sobre o uso de modelos de aprendizado de máquina para prever e detectar depressão, ansiedade e estresse em estudantes de graduação. As taxas de precisão variaram de 53% a 100%, indicando o potencial desses modelos para melhorar o suporte à saúde mental, especialmente em áreas remotas ou rurais.
O artigo Comparando a predição de diabetes com base na doença hepática esteatótica associada à disfunção metabólica e na doença hepática gordurosa não alcoólica: o estudo ELSA-Brasil aponta que as duas definições mostraram associações semelhantes com o desenvolvimento de diabetes em todos os grupos étnicos avaliados, indicando que ambas são preditoras importantes da doença. A análise revelou que fatores de risco metabólicos são centrais nessas condições hepáticas, com sobreposição significativa entre doença hepática gordurosa não alcoólica e doença hepática esteatótica associada à disfunção metabólica.
Em Identificação de áreas de alta ocorrência de hospitalização e mortalidade por doenças respiratórias na Amazônia Legal brasileira: uma análise espaço-temporal é analisado o consumo alimentar em Coari, Amazonas, durante os períodos de seca e inundação dos rios, utilizando a Classificação NOVA. Resultados apontam que alimentos in natura ou minimamente processados predominam nas refeições, enquanto ultraprocessados são menos consumidos, especialmente na inundação.
O fascículo de novembro de Cadernos de Saúde Pública conta ainda com artigos sobre o G20, o desastre no Rio Grande do Sul e sistemas de alerta precoce. Acesse a edição na íntegra aqui.
Mais em outros sítios da Fiocruz