22/10/2024
Isis Breves (FMA/VPAAPS)
A Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS) da Fiocruz, a Fiocruz Mata Atlântica (FMA) em parceria com o Movimento Baía Viva assinaram o Acordo de Cooperação Técnica (ACT) que visa implantar iniciativas voltadas à promoção de territórios sustentáveis e saudáveis e de estratégias de segurança alimentar e de saúde integral nas Aldeias Indígenas do Estado do Rio de Janeiro no âmbito da Estratégia Fiocruz para Agenda 2030. A assinatura do ACT aconteceu nesta quinta-feira, 3/10 após uma roda de conversa no salão de eventos da ASFOC com a presença do Presidente da Fiocruz, Mario Moreira, o Vice-Presidente da VPAAPS, Hermano Castro, o Coordenador Executivo da FMA, Ricardo Moratelli, a Coordenadora adjunta da FMA, Andrea Vanini, o representante do Movimento Baía Viva, Sergio Potiguara e as lideranças das oito aldeias irão ser beneficiadas pelo ACT. “Gostaria de afirmar que para além da importância da assinatura desse Acordo, pela VPAAPS, que a Fiocruz é uma instituição que está engajada com a luta pela saúde e melhoria da qualidade de vida dos povos originários e tradicionais. É um valor institucional ao respeito ao conhecimento tradicional em parceria com a nossa ciência que é centenária na Fiocruz, o qual temos diversas ações que dialogam com a luta dos povos originários e tradicionais, a Fiocruz tem a percepção de atuação nos territórios com as populações do território e o que acreditamos é a na construção de políticas públicas desenhadas com a participação das pessoas em seus territórios”, afirma o Presidente da Fiocruz, Mário Moreira.
Foto: Gutemberg Brito/VPAAPS
Segundo Hermano Castro, Vice-presidente da Fiocruz, “as ações, programas e projetos a serem desenvolvidos em parceria com as comunidades indígenas deverão ser precedidas de diálogo e da escuta ativa sobre as prioridades de políticas públicas de interesse dos Povos Indígenas do Estado do Rio de Janeiro, nos termos previstos na Convenção no. 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), e poderão abranger prioritariamente as seguintes áreas temáticas: Uma Só Saúde, Alimentação Saudável e Sistemas Agroflorestais, Restauração Ecológica da Mata Atlântica, melhoria do abastecimento de Água Potável, Saúde Indígena e Bem-Estar Animal, principalmente com a participação da Fiocruz Mata Atlântica nesse processo”.
Ricardo Moratelli, Coordenador Executivo da FMA, explica que “a Fiocruz Mata Atlântica atua com o fortalecimento da cadeia produtiva da agricultura familiar, restauração ecológica do bioma Mata Atlântica, rede de coleta de sementes e produção de mudas nativas, meliponicultora das abelhas nativas sem ferrão da Mata Atlântica, certificação de quintais produtivos, dentre outras ações que contribuem para o desenvolvimento de um território sustentável e saudável, o qual poderá contribuir nos territórios indígenas das aldeias envolvidas no ACT”.
Foto: Gutemberg Brito/VPAAPS
A assinatura do ACT foi precedida por um canto Pataxó abençoando esse início dessa caminhada.
No dia anterior a assinatura do ACT, 2/10, a Fiocruz Mata Atlântica recebeu as lideranças das oitos aldeias e representantes do Movimento Baía Viva para uma visita ao campus para conhecer o trabalho desenvolvido e que poderá ser replicado nas aldeias com roda de conversa para escuta dos principais desafios a serem enfrentados para melhoria das condições de vida desses territórios. “Uma das principais demandas acordadas foi implementar estratégias para garantia da segurança alimentar e aumento da resiliência climática/ambiental nas aldeias fluminenses”, finaliza Andrea Vanini, Coordenadora Adjunta da FMA.
Foto: Gutemberg Brito/VPAAPS
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