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InfoGripe: Covid-19 mantém curva de crescimento e ampliação no país


19/09/2024

Regina Castro (Agência Fiocruz de Notícias)

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O novo Boletim do InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (19/9), destaca que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19 mantém a curva de crescimento e de ampliação no país. A atualização mostra aumento dos casos de SRAG associado à Covid-19 no Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Os estados de Minas Gerais e Paraná também apresentam leve aumento de casos SRAG em idosos, provavelmente associado à Covid-19. A análise é referente à Semana Epidemiológica (SE) 37, período de 8 a 14 de setembro, e tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

A manutenção do aumento dos casos de SRAG em crianças e adolescentes de até 14 anos em muitos estados da região Centro-Sul e em alguns estados do Norte-Nordeste está associada ao rinovírus. No entanto, já é possível observar sinais de desaceleração no crescimento de SRAG pela doença em alguns desses estados e até mesmo a queda das hospitalizações por rinovírus em outras regiões do país. Entre crianças e adolescentes de 2 a 14 anos, os vírus sincicial respiratório (VSR) e o rinovírus continuam sendo as principais causas de internações e óbitos. A mortalidade da SRAG permanece mais elevada entre os idosos, com predomínio de Covid-19, seguido pela influenza A. 

No agregado nacional, há sinal de aumento de SRAG na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e de curto prazo (últimas três semanas). Esse aumento se deve a um crescimento das SRAG por rinovírus e Covid-19 em muitos estados do país. A análise aponta que 14 unidades federativas apresentam indícios de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo: Amapá, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins.  

Pesquisadora do Programa de Computação Cientifica da Fiocruz e do Boletim InfoGripe, Tatiana Portella ressalta que o crescimento dos  casos graves por  rinovírus já começam a dar sinais de desaceleração em alguns desses estados ou até de queda em algumas regiões. Em relação os vírus da influenza A, informa Portella, os casos graves do vírus continuam em baixa  na maior parte do país. No entanto, afirma a pesquisadora, o estudo observou aumento de casos graves por influenza A no estado do Rio Grande do Sul. "Por isso, é importante que todas as pessoas do grupo de risco do Rio Grande do Sul que ainda não tomaram a vacina contra o vírus da influenza A procurem um posto de saúde para se vacinarem contra o vírus. Além disso, diante do cenário de aumento de casos graves de Covid-19 em muito estados do país, é muito importante que todas as pessoas do grupo de risco também estejam em dia com a vacina".

Capitais

 

Nas capitais, 12 apresentam crescimento nos casos de SRAG Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Teresina (PI). 

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 13,1% para influenza A; 4.4% para influenza B; 8,1% para VSR; 32,1% para rinovírus; e 34,8% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a prevalência entre os casos positivos foi de 22,3% para influenza A; 4,6% para influenza B; 1,8% para VSR; 8% para rinovírus; e 56% para Sars-CoV-2 (Covid-19). 

Ano Epidemiológico 2024

Referente ao ano epidemiológico 2024, já foram notificados 130.231 casos de SRAG, sendo 62.297 (47.8%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 52.807 (40.5%) negativos, e ao menos 8.149 (6.3%) aguardando resultado laboratorial. Dados de positividade para semanas recentes estão sujeitos a grandes alterações em atualizações seguintes por conta do fluxo de notificação de casos e inserção do resultado laboratorial associado. Dentre os casos positivos do ano corrente, 18,5% são influenza A; 0.8% são influenza B, 40,1% são VSR; 23,8% são rinovírus; e 18,6% são Sars-CoV-2 (Covid-19).

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