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Biofábrica do Método Wolbachia é inaugurada em Joinville


01/07/2024

Agência Fiocruz de Notícias

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A Secretaria da Saúde de Joinville promoveu, nesta segunda-feira (1º/7), ações relacionadas à implantação do método Wolbachia no município. A estratégia do método consiste na introdução da bactéria Wolbachia nos mosquitos Aedes aegypti. Uma reunião sobre o projeto contou com as presenças de representantes do Ministério da Saúde, da Fiocruz e da World Mosquito Program (WMP). O grupo também fez uma visita de inspeção que marcou a inauguração de uma biofábrica do Método Wolbachia.

Marco Krieger disse que as cidades que implantaram o projeto tiveram, proporcionalmente, um número reduzido de casos de dengue (Foto: Divulgação)

 

Além de Joinville, outras cinco cidades estão recebendo o método: Londrina e Foz do Iguaçu (PR); Uberlândia (MG); Presidente Prudente (SP) e Natal. Em etapas anteriores, o método foi implantado nas cidades do Rio de Janeiro e Niterói (RJ), Campo Grande, Belo Horizonte e Petrolina (PE). A bactéria, que está presente em 60% dos insetos da natureza e não causa danos aos humanos, impede que os vírus, não só da dengue, mas de zika, chikungunya e febre amarela urbana se desenvolvam nos insetos, contribuindo para redução das doenças. Os wolbitos serão liberados em Joinville e vão se reproduzir com os Aedes aegypti locais. Aos poucos, eles estabelecerão uma nova população de mosquitos que não transmite dengue e outras doenças.

O vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde (VPPIS) da Fiocruz, Marco Krieger, afirmou no evento que “este é um dia especial, entramos em uma nova fase de um projeto internacional que conta com uma contribuição muito importante de um pesquisador da Fiocruz, o Luciano Moreira. Nos últimos dez anos este projeto amadureceu do ponto de vista científico e tecnológico e mostrou efetividade nos locais em que foi implantado, com uma redução significativa das arboviroses, notadamente a dengue. Isso ficou muito claro este ano, pois proporcionalmente Niterói teve um número bastante reduzido de casos de dengue, comparando com o Rio. O mesmo ocorreu em Petrolina e em Campo Grande, quando comparadas com as cidades do entorno. E este projeto, que ainda tinha característica de prova de conceito, a partir de hoje entra em nova etapa”. 

O método de controle das arboviroses foi desenvolvido na Austrália e, atualmente, está presente em mais de 20 cidades de 14 países. Além disso, os dados de monitoramento revelam que os wolbitos estão se estabelecendo em níveis muito positivos nos territórios. Na Austrália, houve redução de 96% nos casos de dengue.

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