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Humanização, Gênero, Poder: contribuições dos estudos de fala-em-interação para a atenção à saúde

Organizadoras: Ana Cristina Ostermann, Stela Nazareth Meneghel

Pensar a humanização em saúde a partir das falas dos diferentes atores sociais é o convite desta coletânea. Como pode a humanização, um termo tão imponente, ser apreendida a partir de algo tão banal e cotidiano como a fala? É justamente este desafio que conduz a leitura dos vários capítulos da obra, que revelam, pouco a pouco, a complexidade implicada na fala-em-interação. O registro e a análise minuciosa das conversas que se desenvolvem nos atendimentos em saúde evidenciam os silêncios, os temas tabus, as (hetero)normatividades que se colocam nas interações entre médicos e pacientes. Indicam também as estratégias utilizadas que permitem ouvir a voz das pacientes e que promovem, através da fala, uma abordagem mais humanizada. Para além da discussão acadêmica, o livro revela aos profissionais da saúde o poder e a importância da fala e a necessidade de atentar para este aspecto estrutural e estruturante das interações sociais.

ESGOTADO (impresso) | 167 páginas

ISBN: 978-85-7591-221-8. 2012. Coedição com a Mercado de Letras.

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Sumário:

Prefácio
Parte I – Introdução e Metodologia
1) 
Humanização, gênero e poder nos atendimentos à saúde: possibilidades que se apresentam a partir dos estudos de fala em interação
2) 
Análise da conversa: o estudo da fala em interação
PARTE II – Momentos delicados e poder
3) 
Do que não se fala: assuntos tabus e momentos delicados em consultas ginecológicas e obstétricas
4) 
As relações de poder nas consultas ginecológicas e obstétricas
PARTE III – Estratégias de humanização
5) A
s explicações feitas pelas pacientes para as causas de seus problemas de saúde: como os médicos lidam com isso
6) 
A formulação explicitando a compreensão mútua entre médico e paciente: uma forma de humanizar os atendimentos
PARTE IV – Gênero e sexualidade
7) 
Gênero e sexualidade no consultório ginecológico: pressupostos identitários jamais questionados
8) 
Tensionando identidades de gênero e de sexualidade na fala em interação: o colapso discursivo da masculinidade homogênea
PARTE V – Conclusão
9) E
 então, quais as contribuições dos estudos de fala em interação para a atenção à saúde?
Glossário conciso de termos de estudos de fala-em-interação

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