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Webinário internacional discutirá biomarcadores tumorais e alvos moleculares


02/10/2023

Comunicação CDTS

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A empresa portuguesa Uromonitor e o Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz) promoverão, nesta quarta-feira (4/10), às 10h (hora do Brasil), o I WeBiTAM - Webinário Internacional de Biomarcadores Tumorais e Alvos Moleculares. O evento on-line tem o apoio da Plataforma Internacional para Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (PICTIS), liderada pela Fiocruz e Universidade de Aveiro (Portugal).

O encontro contará com apresentações da pesquisadora do Instituto Nacional do Câncer (Inca) Sheila Coelho, que ministrará em português a palestra Biomarcadores em câncer: qual a distância até o leito?, e do professor J. Alfred Witjes, da Radboud University Medical Center (Holanda), com a palestra em inglês Marcadores urinários para câncer de bexiga. Sheila Coelho é pesquisadora titular do Programa de Carcinogênese Molecular do Inca, onde chefia o Grupo de Epigenética de Tumores e gerencia a área de Epigenética da instituição, enquanto J. Alfred Witjes é professor de Urologia Oncológica, com experiência em Pesquisa Translacional e Clínica em câncer de bexiga, próstata e testículos. Witjes tem quase 500 publicações, resenhas e capítulos de livros (revisados por pares).

Na abertura do evento, a investigadora em Oncologia Translacional do CDTS/Fiocruz Ana Emília Goulart, uma das organizadoras do webinário, falará sobre o evento em si e como surgiu essa iniciativa. Em seguida, o vice-presidente da PICTIS e servidor de Bio-Manguinhos, Felipe Rodrigues, falará sobre a plataforma, sua estruturação e a importância das colaborações internacionais. A professora da Universidade de Aveiro e coordenadora do LabSec5/ PICTIS, Sandra Vieira, abordará a importância da iniciativa para a área de Oncologia, além de contextualizá-la no escopo do LabSec5.

O objetivo do seminário é estabelecer um espaço para atualização e discussão sobre o tema no âmbito dos dois continentes (América do Sul e Europa), em especial Brasil e Portugal, e promover o desenvolvimento de redes de cooperação internacional, inovação e empreendedorismo científico e tecnológico em Oncologia Translacional. Dirigido especialmente a médicos, pesquisadores e estudantes da área de Ciências Biomédicas, abordará o monitoramento, prognóstico e diagnóstico de doenças oncológicas, bem como o estudo de alvos moleculares para o desenvolvimento de terapias-alvo específicas.

O WeBiTAM será transmitido pela Plataforma Zoom, sem tradução simultânea. Não é necessária inscrição.

O que são biomarcadores?

Biomarcadores ou marcadores biológicos são indicadores mensuráveis de processos fisiopatológicos ou de resposta a uma exposição farmacológica ou intervenção terapêutica. São essenciais para avaliações clínicas precisas, abrangendo o diagnóstico, prognóstico e a seleção de intervenções terapêuticas ideais. A maioria dos estudos atuais de biomarcadores focam no câncer, uma vez que se trata da segunda principal causa de mortalidade por doenças não transmissíveis no mundo. A estimativa mundial foi de cerca de 19,3 milhões de novos casos de câncer e de aproximadamente 10 milhões de óbitos no mundo no ano de 2020.

Na pesquisa oncológica ou oncologia clínica, existem pelo menos quatro tipos de biomarcadores: 1) de susceptibilidade ou de risco, capaz de sinalizar a probabilidade de desenvolver câncer; 2) de diagnóstico para realizar o diagnóstico diferencial entre câncer e outras doenças; 3) prognósticos, que indicam o provável curso clínico da doença. Avaliam a recorrência ou progressão em pacientes diagnosticados com câncer; 4) de estratificação, capazes de refinar o diagnóstico de câncer, identificando pacientes individuais a subgrupos moleculares específicos conhecidos.

Tal investigação pode contribuir para avanços nas tecnologias moleculares, permitindo progressos no rastreamento, diagnóstico, prognóstico, monitoramento da progressão do câncer e opções terapêuticas para o tratamento de pacientes com câncer. De fato, estes avanços têm favorecido a medicina de precisão, uma vez que terapias direcionadas a alvos moleculares específicos podem melhorar significativamente a sobrevida dos pacientes quando comparadas a determinados regimes tradicionais de tratamento oncológico.

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