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VPAAPS participa do seminário nacional de preparação para a estação das queimadas, em Brasília


25/05/2022

VPAAPS/Fiocruz

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Termina nesta quarta-feira, 25, o Seminário Nacional de Preparação do Setor de Saúde para a Estação das Queimadas 2022, promovido pelo Departamento de Saúde Ambiental do Trabalhador e Vigilância das Emergências em Saúde Pública do Ministério da Saúde (MS). O objetivo é contribuir para a promoção e a proteção da saúde; a prevenção de doenças e agravos; e a redução da morbimortalidade, de vulnerabilidades e de riscos à saúde decorrentes das queimadas e dos incêndios florestais.

O evento reúne representantes da Vigilância em Saúde Ambiental, Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), Vigidesastres, Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), entre outros interessados.

Participaram da abertura do evento em Brasília, o representante da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS), Hermano de Castro, a  diretora do Departamento de Saúde Ambiental do Trabalhador e Emergências em Saúde Pública, Daniela Buosi, além dos representantes da Organização Pan-Americana da Saúde, Miguel Aragon, do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde, Fernando Campos Avendanho e do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde, Wilames Freire Bezerra.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 99% da população global respira um ar que excede os limites da poluição. Segundo Miguel Aragon, a poluição do ar residencial e ambiental é responsável por cerca de 7 milhões de mortes prematuras por ano em todo o mundo e é reconhecida como um dos principais fatores de risco para doenças não transmissíveis.

“Somente no ano de 2016, cerca de 249 mil mortes prematuras foram atribuíveis à poluição do ar e outras 83 mil mortes prematuras foram atribuídas ao uso de combustíveis sólidos para energia doméstica nas Américas. Além dos problemas respiratórios e cardiovasculares, outro efeito significativo relacionado às queimadas é a saúde mental e o bem-estar psicossocial da população afetada”, destacou Miguel.

Para Hermano de Castro, não existem barreiras para a poluição atmosférica e os habitantes dos países de baixa e média renda são os mais impactados.

Hermano também pontuou algumas medidas que devem ser feitas para avançar na questão das queimadas. Uma delas é a necessidade de revisão da legislação brasileira sobre os padrões de qualidade do ar, já que são diferentes dos padrões definidos pela OMS. “Precisamos aumentar a nossa vigilância, pois são poucos os estados que têm monitoramento da qualidade do ar  (não mais do que a metade) e menos de 2% dos municípios tem o monitoramento. No mundo isso não é muito diferente, já que apenas 20% dos países mantêm um controle efetivo da qualidade do ar., defendeu Hermano.

Segundo Daniela Buosi, diretora do Departamento de Saúde Ambiental do Trabalhador e Emergências em Saúde Pública, as queimadas acontecem no Brasil todos os anos e há vários anos são acompanhadas por todos os órgãos que fazem o papel de monitoramento, de avaliação, de análise da situação e de focos de calor.

“Temos avançado muito junto com esses órgãos na avaliação em predições para que a gente pudesse se preparar, pois sabemos do impacto que as queimadas têm na saúde pública. Também trabalhamos na formação para análise de situação em saúde porque conhecemos o quão é difícil fazer a correlação entre queimada e adoecimento. Desta forma, é muito importante que o setor saúde esteja preparado, nós somos poucos e com desafios enormes”, disse a diretora.

O seminário pode ser acompanhado pelo YouTube. Para acompanhar nossas transmissões virtuais, acesse:

Dia 23: https://youtu.be/SD1xpez1pqY
Dia 24: https://youtu.be/BgO_LI1d2w0
Dia 25: https://youtu.be/MksG8goZsMo

Acesse a programação: https://portal.fiocruz.br/sites/portal.fiocruz.br/files/seminario_queimadas_-_programacao_2.pdf

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