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USP visita Fiocruz para cooperação inédita


19/10/2022

Agência Fiocruz de Notícias (AFN)

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Uma delegação da Universidade de São Paulo (USP), liderada pelo reitor Carlos Gilberto Carlotti Júnior, foi recebida na Fiocruz (27/9) pela presidente Nísia Trindade Lima e por vice-presidentes e pesquisadores da Fundação. A reunião teve por objetivo desenvolver e fortalecer uma agenda estratégica de cooperação interinstitucional. Uma carta de intenções, que ainda receberá as contribuições que surgiram na reunião, foi assinada pela presidente Nísia e pelo reitor Carlos Gilberto Carlotti. O encontro, que começou na biblioteca do Castelo Mourisco e continuou na Residência Oficial, no campus Manguinhos da Fiocruz (RJ), foi apontado como histórico por muitos presentes, dado o volume das iniciativas propostas e a composição das delegações. 

Delegação da Universidade de São Paulo (USP) foi recebida na Fiocruz (foto: Peter Ilicciev)

 

“Esse é um encontro histórico. Estou na Fiocruz há mais de 30 anos e ainda não tinha visto uma reunião desse porte entre a USP e a Fiocruz, duas instituições líderes no pensamento estratégico do Brasil”, pontuou Nísia. “Ainda não havíamos sentado para pensarmos o papel das duas instituições dessa forma, com uma visão tão abrangente”. O reitor Carlotti também valorizou as contribuições. “A reunião vai nos permitir identificar potencialidades, o que pode ser feito em conjunto para alcançarmos novos níveis de excelência”. O reconhecimento das duas instituições seria beneficiado, “com ainda mais respeito da sociedade, ao nos apresentarmos como parceiros qualificados nos projetos”, acrescentou. A expectativa é que as propostas possam colaborar com políticas públicas em todos os níveis. 

Pautas abordadas

Na pauta inicial, foram abordados temas como a Plataforma de Medicina Translacional Fiocruz/USP, em Ribeirão Preto; mudanças climáticas e ambientais e seu impacto na saúde; a Saúde Global e contribuições do Brasil para o Tratado das Pandemias; a colaboração Fiocruz/USP/Instituto Pasteur; o Programa Inova; ações conjuntas na Amazônia; e o ensino. A USP e a Fiocruz possuem histórico relevante de colaborações e parcerias, e o encontro abriu novas oportunidades para essa agenda. “São essas as principais áreas estratégicas em que precisamos avançar”, disse Nísia. “Não esgotam todas, mas envolvem temáticas e ações em curso”.

A vice-reitora Maria Arminda Arruda destacou a diversidade das parcerias. “Estamos trabalhando com um temário com grandes questões, com realização sensível no Brasil, como a questão da Amazônia, do meio-ambiente, da educação como o mais poderoso instrumento para dirimir desigualdades, com inclusão e garantia da permanência estudantil, em uma dimensão de inovação. Precisamos também pensar na área de dificuldades mentais, tão importante para construir pesquisas inovadoras e tão afetada pela pandemia”. A cooperação internacional também foi destacada. “Chamou minha atenção essa cooperação Sul Sul, pegando países de língua portuguesa, Brics, conexão com Instituto Pasteur fora daqui. É uma oportunidade importantíssima”. 

Contribuições adicionais

A área da inclusão recebeu atenção especial. A vice-reitora Maria Arminda Arruda apresentou os trabalhos da pró-reitoria da USP específica para inclusão e pertencimento. A presidente Nísia aproximou a iniciativa do Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz. “Essas são em si mesmas inovações de âmbito institucional. São abordagens que têm muito a contribuir para o próprio ganho de qualidade das ações das instituições. Precisamos crescentemente também dar atenção às questões de gênero, raça e das Pessoas Com Deficiência [PCDs]”, disse. 

Assinatura e próximos passos

Ao final do encontro, foi assinado o protocolo de intenções entre a presidente Nísia e o reitor Carlotti, a fim de aprofundar as parcerias reunidas no documento. “Assinar o protocolo é ainda um ato simbólico, que não se fecha, mas já irá acolher algumas contribuições, como essas da linha da inclusão e demais sugestões surgidas “, pontuou Nísia. “A assinatura sacraliza e ritualiza o que é importante para nós”. 

Os próximos passos já foram pensados. “Entre as ações por vir, precisamos definir um comitê conjunto das instituições com acompanhamento da reitoria e da presidência”, sugeriu o reitor Carlotti. “Isso nos permitirá analisar onde avançar, como gerir os recursos, estabelecer um planejamento. Todos os pontos desse documento podem ser trabalhados. Vamos mostrar resultado em cada um deles, para ajudar a recuperar a esperança e credibilidade do país”. 

A presidente Nísia lembrou a Carta da Fiocruz pelo Desenvolvimento Sustentável para ilustrar o papel estratégico das duas instituições. “A USP e a Fiocruz tem potência para ajudar um projeto de reconstrução nacional. O encontro de hoje nos permite ir para um patamar mais avançado”, garantiu. “Trabalhando juntos poderemos dar muitas respostas, e com pandemia vimos a importância das instituições”. 

Participantes

Muitos pesquisadores e gestores das duas instituições participaram da reunião. Estiveram presentes, na delegação da USP, além do reitor Carlos Gilberto Carlotti Júnior e da vice-reitora Maria Arminda do Nascimento Arruda; Helena Ribeiro, presidente da Comissão Especial de Regimes de Trabalho e professora da Faculdade de Saúde Pública da universidade; Tércio Ambrizzi, vice-diretor do Instituto de Energia e Ambiente; e João Santana da Silva, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/USP e especialista em Saúde Pública pela Fiocruz. 

Da parte da Fiocruz, participaram, além de Nísia, Mario Moreira, diretor executivo da Presidência; Cristiani Machado, vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação; Hermano Castro, vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção a Saúde; Rodrigo Correa, vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas; Carlos Gadelha, coordenador do Centro de Estudos Estratégicos; Rivaldo Venâncio, coordenador de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência; Ricardo de Godoi Ferreira, coordenador geral de Planejamento Estratégico; Jansen Medeiros, coordenador da Fiocruz Rondônia; Rodrigo Stabeli, coordenador do Escritório Técnico da Fiocruz em São Paulo; Zélia Profeta, coordenadora de Estratégias de Integração Regional e Nacional; Wilson Savino, assessor da presidência; e Pedro Burger, coordenador adjunto do Centro de Relações Internacionais.

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