Fiocruz

Fundação Oswaldo Cruz uma instituição a serviço da vida

Início do conteúdo

Reserva Técnica Museológica recebe investimentos para a guarda do acervo


10/01/2019

Fonte: COC/Fiocruz

Compartilhar:

 

A Reserva Técnica Museológica do Museu da Vida da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) – espaço responsável pela guarda do acervo museológico da Fiocruz – recebeu investimentos de peso: um moderno mobiliário para abrigar as quase três mil peças museológicas que representam o patrimônio da ciência e da saúde brasileira. Entre os objetos da Coleção, que chegou ao seu centenário em 2018, estão o microscópio, jaleco e a caneta tinteiro do cientista Oswaldo Cruz, as primeiras ampolas da vacina contra a febre amarela e um esterilizador que data do início do século XX. 

Entre as mais de duas mil peças que compõem o acervo encontra-se o microscópio que o cientista Oswaldo Cruz, patrono da Fiocruz, usava quando ainda era um jovem estudante. Foto: Bruno Veiga

Atendendo às orientações de conservação para o melhor acondicionamento do acervo, foram adquiridos nove conjuntos de armários fixos e deslizantes e uma mapoteca. Os investimentos são resultado do ‘Projeto Preservo: Complexo de Acervos da Fiocruz’, financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), destinado à preservação, organização e modernização de parte do extenso patrimônio científico e cultural da Fundação. Somados, os recursos investidos na Reserva Técnica pelo Preservo ultrapassam duzentos e cinquenta mil reais.

“O acervo é uma parte da memória institucional e conta a história da saúde pública no Brasil, do desenvolvimento da ciência e da tecnologia, da medicina e suas disciplinas, de uma maneira diferente, a partir de equipamentos de laboratório, objetos pessoais de grandes cientistas, materiais utilizados na produção de medicamentos e vacinas, além de instrumentos médicos, mobiliário, desde meados do século XIX até os dias atuais”, ressaltou Juliana Albuquerque, chefe do Serviço de Museologia. “As ações de identificação, catalogação, descrição, divulgação, conservação e restauração do acervo museológico constituído pela Fiocruz, ao longo de sua trajetória, realizadas pelo Serviço de Museologia, assumem um papel relevante para esta instituição que valoriza sua memória”, completou Marcos José de Araújo Pinheiro, coordenador geral do projeto e o vice-diretor de Patrimônio Cultural e Divulgação Científica da COC. 

Juliana Albuquerque explica que, devido à importância e a representatividade das peças, a preservação do acervo exige cuidados especiais. “As peças históricas não podem estar expostas a fatores que podem causar sua degradação. Este novo mobiliário é de grande relevância para a proteção dos itens e para a otimização do espaço, pois garantem melhores possibilidades de guarda, mais seguras e adequadas”, destacou, Juliana.

Registro em imagens

As contribuições do Preservo à Reserva Técnica não param por aí: a Coleção foi contemplada também com equipamentos fotográficos que servirão para melhor gestão do acervo. “O registro fotográfico é imprescindível para o gerenciamento do acervo. Com ele será possível fazer a identificação do objeto e acompanhar o grau de evolução de alguns danos”, explicou Juliana. “A fotografia faz parte da rotina de tratamento técnico dos acervos museológicos, uma vez que o registro de imagens permite a catalogação, pesquisa e a difusão dos objetos, além de garantir o acesso remoto à peça preservada, por meio de banco de dados online, por exemplo”, completou Pedro Paulo Soares, historiador do Serviço de Museologia. Juliana lembra, ainda, que o material será importante para a divulgação da Coleção. “Com uma boa imagem é possível dar mais visibilidade ao nosso acervo, a partir da produção de diversos produtos de divulgação científica, como o Objeto em Foco, disponível no site do Museu da Vida, em que contamos as curiosidades sobre a história de uma peça por exemplo”, disse.  

Ganhos além do Preservo

De acordo com Juliana Albuquerque, por meio de aporte financeiro da COC/Fiocruz, a Reserva Técnica foi beneficiada, também, com ganhos na infraestrutura: com obras de expansão e requalificação - o espaço foi ampliado em cerca de 750 m², distribuídos por três andares, conectando-se ao prédio original por meio de uma rampa - além de investimentos na segurança das instalações. “Foram feitos reparos estruturais em um dos prédios que compõe o espaço, como o reforço no telhado, além da dedetização preventiva, nos espaços da reserva técnica, para o controle de pragas”, lembrou. “Tivemos ainda investimentos no que diz respeito à segurança, com a instalação de um sistema de detecção de incêndio. Já na pinacoteca, foi instalado um moderno sistema, que utiliza o gás FM200, capaz de extinguir o fogo, sem causar nenhum dano à obra, e tem sido muito utilizado nessa área”, acrescentou.

Para Juliana, os investimentos refletem a preocupação da Fiocruz e a mudança de comportamento nas áreas de museologia, conservação e patrimônio, com o objetivo de desenvolver metodologias, políticas e procedimentos para a proteção de caráter preventivo do patrimônio histórico. “Estes investimentos, tanto por parte do Preservo quanto da COC/Fiocruz, são resultado desta união de esforços, a fim de criar melhores condições de guarda para estes acervos”, disse. “Estas melhorias são frutos da captação e alocação de recursos oriundos tanto da Fiocruz como de editais. Soma-se a isso, uma série de investimentos institucionais em pesquisa e na organização desses acervos, no desenvolvimento e na publicação da Política de Preservação e Gestão de Acervos Culturais das Ciências e da Saúde, além de ações de preservação pautadas na conservação preventiva e na gestão de riscos”, finalizou o vice-diretor de Patrimônio Cultural e Divulgação Científica da COC, Marcos José de Araújo Pinheiro.

Voltar ao topoVoltar