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Programa Inova Fiocruz completa dois anos


02/10/2020

Claudia Lima (CCS)

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Os números mostram a dimensão do Programa Fiocruz de Fomento à Inovação, o Inova Fiocruz: em dois anos, foram investidos R$ 85,5 milhões em 474 projetos, que contemplaram 32 áreas de pesquisa. A integração institucional no desenvolvimento de ações em todos os campos de atuação da Fiocruz foi um dos principais objetivos alcançados pelo programa, que recebeu 1.230 submissões de projetos. 

“São resultados expressivos, que só foram possíveis com a concertação de toda a Presidência, com apoio e a participação de todos os nossos institutos e com a divulgação feita pelos nossos diretores”, resumiu a presidente Nísia Trindade Lima durante o programa on-line Sexta de Conversa de setembro. “Foi um grande esforço institucional”, disse.  

A presidente ressaltou especialmente a atuação das vice-presidências de Produção e Inovação em Saúde (VPPIS), Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB), Gestão e Desenvolvimento Institucional (VPGDI) e das equipes diretamente envolvidas na avaliação, monitoramento dos projetos e diálogo com os pesquisadores. Nísia destacou a atuação parceira com o Ministério da Saúde e a abrangência das ações. 

“Nosso entendimento de tecnologia, de inovação e de produtos é amplo, como bem demonstram os projetos selecionados”, afirmou Nísia. “Quando falamos de produtos, incluímos desde alta tecnologia e orientações para políticas públicas até tecnologias sociais”, definiu.  

Aprendizado 

Na linha do tempo apresentada pelo vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde, Marco Krieger, foram elencados os avanços do programa, lançado em junho de 2018. “Tivemos nesses últimos anos um recorde de projetos que chegaram numa fase mais madura de entrega à sociedade e de registro de novos produtos. Isso é parte do DNA fundador da Fiocruz: nossa instituição foi criada para transferir para a sociedade o conhecimento gerado nos nossos laboratórios”, avaliou Krieger.  

“Uma das grandes lições que a gente aprendeu com o Programa Inova foi ter um mecanismo de fomento que cobriu todas as áreas de atuação da Fiocruz, desde a pesquisa básica até nossa entrega de produtos para a sociedade. Agora, estamos fazendo de uma maneira muito integrada e apoiando todas as áreas desse ecossistema”, comemorou. “Estou muito orgulhoso de ter participado, é um diferencial para a instituição”, disse Krieger. 

Outras conquistas foram levantadas pelo vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas, Rodrigo Correa de Oliveira. “Como um programa institucional muito bem organizado, o Inova permitiu que a gente observasse, dentro de cada área específica, o número de pesquisadores que estavam envolvidos. E permitiu que todos os pesquisadores daquela área começassem realmente a trabalhar juntos”, analisou. “O que a gente via no passado eram projetos muito soltos, havia pouca integração institucional”.  

No balanço de dois anos, está contabilizado o envolvimento de 8.426 pessoas em projetos, 1.558 parceiros externos e 295 avaliadores das propostas submetidas aos editais – 180 da Fundação e 115 convidados externos. “O programa não foi só intramuros, foi extra.  Fizemos parcerias com várias outras universidades e instituições de pesquisa. O Inova teve importante impacto no processo de criação de toda essa cadeia de conhecimento, até o produto final”, considerou Oliveira. 

Financiamento 

Os recursos para o programa partiram da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (SCTIE/MS) e do Fundo Fiocruz de Ciência, Tecnologia e Inovação. O financiamento contínuo dos projetos foi um compromisso assumido pela gestão. “A gente honrou com esse compromisso e conseguiu lançar novos editais, todos com recursos assegurados”, afirmou o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde. 

 “Vamos passar de R$ 120 milhões, num momento não considerado normal, para tentar minimizar o efeito dessa grave crise no país”, pontuou. Na abertura do 1º Simpósio Inova Fiocruz, realizado de 8 a 23 de setembro, o vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional, Mario Moreira, traçou um panorama orçamentário do momento atual de pandemia. Ele falou da orientação para que os investimentos sejam “de caráter estruturante, que possam permanecer como legado para ações futuras”. 

De acordo com a presidente Nísia Trindade Lima, os investimentos e as propostas fazem parte do esforço para fortalecimento do sistema de CT&I da Fiocruz e precisam “dialogar com a necessidade de respostas ao SUS”. A presidente salientou a orientação para investir em ações estruturantes. “Temos essa visão de plataformas, de pensarmos soluções mais integradas para melhores resultados”, afirmou. 

Eixos de atuação 

O Programa Inova Fiocruz está estruturado em quatro eixos de atuação. O primeiro é o Institucional e cadeia produtiva, que tem como objetivo o estímulo às diversas etapas da cadeia de inovação, desde a pesquisa até a produção. Os editais já lançados foram Ideias Inovadoras; Geração do Conhecimento; Geração do Conhecimento - Novos Talentos; Produtos Inovadores; Pesquisa Clínica; e, mais recentemente, Políticas Públicas e Modelos de Atenção à Saúde (PMA) e Gestão. 

Encomendas Estratégicas é o segundo eixo, que visa atender demandas específicas da Fundação em acordo com a agenda prioritária do Ministério da Saúde, de emergências sanitárias e órgãos internacionais. Até o momento foram lançados os editais Covid-1; Covid-19 – Resposta rápida; Equipamentos; Gestão; e Territórios Sustentáveis e Saudáveis no contexto da pandemia. 

Para dar suporte à formação e capacitação de excelência em áreas de geração do conhecimento e inovação, bem como estabelecer redes de colaboração em pesquisa, o terceiro eixo do programa é o Redes e Capacitação. Os editais da área foram o Pós-Doutorado Júnior e o Empreendedorismo (Inova Labs). 

O último eixo, Desenvolvimento Regional, tem como objetivo atender demandas de saúde locais e potencializar a obtenção de recurso por meio de parceria com as Fundações de Amparo à Pesquisa. O financiamento é partilhado entre as unidades da Fiocruz e a agência de fomento estadual. Estão em negociação projetos nos estados de Pernambuco, Ceará, Bahia e Paraná. 

 

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