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Museu itinerante conta a história dos movimentos de luta pela terra no Brasil

Estudantes assistem a filme

13/03/2014

Por: Danielle Monteiro/ Agência Fiocruz de Notícias

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A história da luta pela terra no Brasil vai rodar o país em um caminhão e estará, de 18 a 21 de março, no campus da Fiocruz, no Rio de Janeiro, como parte das atividades de início do ano letivo de 2014. Desenvolvido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, o museu itinerante Sentimentos da Terra vai narrar os principais aspectos da questão agrária no país, chamando atenção para os ideais de justiça e direito das pessoas do campo e o fim da violência na luta pela terra. A iniciativa conta com apoio do projeto Cartografias do Rural, que tem participação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC), da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e da Fiocruz.

Unir perspectiva histórica, conhecimento e afirmação dos valores de equidade e democracia é o principal objetivo do projeto, segundo a vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, Nísia Lima. "A luta pela terra é parte indissociável da conquista da democracia e dos direitos de cidadania. Ao trazer o Sentimentos da Terra como parte da abertura do ano letivo da Fundação, pretendemos, de forma coerente com sua história, animar esse debate para o público mais amplo que tradicionalmente participa das ações de divulgação científicas realizadas na instituição”, afirma Nísia.

Equipado com tecnologia de informação e entretenimento de ponta, o caminhão-museu vai se desdobrar em um centro de lazer com diversos ambientes: duas salas de cinema; biblioteca com monitor touchscreen interativo e livros sobre arte, fotografia, geografia, história, costumes e tradições; galeria de personagens-ícone; e contadores de histórias, que vão incorporar personagens em cenários e episódios ligados aos movimentos pela luta agrária. A exposição ainda vai contar com um concurso de karaoquê e tenda para caracterização com roupas temáticas de época. O projeto tem a curadoria do designer Gringo Cardia, que estará presente na ocasião.  

Temas diversos

A regulação do uso do solo, os projetos sociais, políticos, econômicos e culturais na luta por direitos igualitários de posse da terra, a participação dos imigrantes na construção de um modelo agrário igualitário, as formas de organização e resistência de trabalhadores rurais e as experiências de educação de qualidade no campo serão algumas das temáticas abordadas nos vídeos que serão exibidos. Entre eles, o Sonho republicano e a Luta pela terra no Brasil, narrado por Chico Buarque; Quilombolas, por Gilberto Gil; Indígenas, pela atriz Letícia Sabatella; Cultura e educação no campo, pelo ator e crítico de cinema José Wilker; Canudos, pela cantora Maria Bethânia; e A legislação agrária no Brasil, pela atriz e apresentadora Regina Casé. Ainda como parte da atividade, será promovida a palestra Arquivos da ditadura, proferida pela professora da UFMG e coordenadora do Projeto República, Heloisa Starling.

Serviço

Caminhão-museu Sentimentos da Terra

Data e horário: 18/3 (14h30 às 16h30) e 19 a 21/03 (9h às 16h30)

Local: Campus de Manguinhos da Fiocruz. Ao lado do Museu da Vida

 

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