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Mico-leão-dourado e a vacina da febre amarela são temas de documentário


16/02/2022

Paulo Schueler (Bio-Manguinhos/Fiocruz)

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Em 19 de janeiro, foi lançado o documentário O mico-leão-dourado e a vacina da febre amarela. Produzido pela Associação Mico-Leão-Dourado (AMLD), o filme aborda os impactos do surto de febre amarela de 2017 sobre a população de micos e o uso off label da vacina febre amarela produzida em Bio-Manguinhos na proteção dos micos-leões, espécie ameaçada de extinção. O documentário pode ser assistido no Youtube.

O debate de lançamento contou com a participação do assessor científico Marcos Freire, além de James Dietz (da Save the Golden Lion Tamarin), Luis Paulo Ferraz (AMLD), Carlos Ruiz (Universidade Estadual do Norte Fluminense) e Alcides Pissinati (Centro de Primatologia do Rio de Janeiro - INEA), com moderação da jornalista Cristina Serra, e pode ser conferido aqui.

Durante o debate, Freire abordou a possibilidade da vacina ser usada em outras espécies de primatas não humanos (PNH). Está sendo preparado protocolo de estudo para os bugios.

“Estamos com um protocolo de vacinação de alguns grupos de bugios no Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. Nossa ideia é demonstrar a segurança e eficácia da vacina em diferentes espécies de PNH, e desta forma oferecer mais segurança aos veterinários para que prescrevam a vacina humana para estes animais”, ressaltou o assessor científico.

Freire apontou ainda que o estudo com micos-leões-dourados permite um conhecimento mais aprofundado sobre a febre amarela silvestre, através da análise de amostras de sangue colhidas antes da vacinação dos animais.

“Queremos saber o percentual de animais sorologicamente positivos para febre amarela na população da região onde ocorreram as epizootias em 2016 e 2017, para saber se os animais sobreviveram porque desenvolveram uma proteção natural ou se foi porque não tiveram contato com o vírus”, ressalta o pesquisador.

Sobre o documentário, Freire acredita que ele é destinado tanto ao público interessado na preservação de espécies ameaçadas, como preservacionistas, primatologistas e ecologistas, como também epidemiologistas e virologistas interessados no melhor entendimento das epizootias e surtos de febre amarela, além do público em geral.

 

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