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Live da Cooperação Social discute teoria e prática da educação territorializada em Manguinhos


16/05/2023

Cooperação Social da Fiocruz

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O projeto de Promoção de Territórios Saudáveis e Sustentáveis em Centros Urbanos (PTSSCU), da Cooperação Social da Fiocruz, apresenta nesta quarta-feira (17/5), a partir das 15h, o debate Educação Territorializada: Novas diretrizes em tempos sem paz. A programação integra a série “Manguinhos: Que Território é Esse?” e será transmitida pelo canal Cidades em Movimento no Youtube. 

Em Manguinhos, nos últimos vinte anos, como resultado de lutas sociais, houve uma maior oferta de vagas para o ensino médio, tanto na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA)1  quanto na instalação de uma nova escola pública na região (o Colégio Estadual Compositor Luiz Carlos da Vila, fruto das ações territoriais mobilizadas em torno do Programa de Aceleração ao Crescimento PAC-Manguinhos).  

É consenso nos estudos do campo da Saúde Coletiva que o acesso à Educação de qualidade catalisa e fortalece a democracia, o desenvolvimento econômico e promove a saúde. Por outro lado, para que ocorra a territorialização de políticas públicas saudáveis e sustentáveis são necessárias interações sócio-políticas entre os atores sociais locais e o Estado baseadas na confiança, reciprocidade e conhecimento político. Com a baixa (ou ineficiente) escolarização em territórios com as características de Manguinhos, esse intercâmbio não ocorre de forma sólida o suficiente de modo a contribuir com o quadro de uma Governança Territorial Democrática. De acordo com os pesquisadores do projeto de Promoção de Territórios Saudáveis e Sustentáveis em Centros Urbanos - organizadores do evento - o cenário que se vê hoje em Manguinhos ainda é desafiador, especialmente se forem considerados conceitos como o da educação territorializada, um dos marcos das experiências educacionais mais avançadas no território e que propõe uma proposta pedagógica construída com os atores locais e a partir dos saberes entre eles reunidos. 

O debate de amanhã (17/5) percorrerá os eventos mais relevantes em que esteve organizada a Educação Pública em Manguinhos, com enfoque no ensino médio - segmento em que surgiram os projetos visando uma educação cidadã. As conversas serão mobilizadas especialmente por duas questões, sendo a primeira: os projetos políticos pedagógicos ainda estão sendo pautados pelas lutas do território? Tendo em vista o sucateamento da educação por meio de sucessivos governos estaduais, o Novo Ensino Médio como projeto retrógrado e que ganhou aderência no Congresso Federal, e a pandemia da Covid-19, a segunda questão seria: como interrupção abrupta e desigual dos processos de ensino-aprendizagem teriam afetado a concepção do que seja uma escola e atingido o modo como os estudantes se veem na sala de aula?  

A partir dos questionamentos, o encontro procurará identificar os impasses e os avanços da educação pública em Manguinhos trazendo a perspectiva crítica e militantes de profissionais que atuaram no território será a tônica da programação. 

APRESENTAÇÃO: Felipe Eugênio é editor, formado em história e mestre em Ciência da Arte pela Universidade Federal Fluminense (UFF), atuou em Manguinhos como professor de pré vestibular comunitário e de EJA (PEJA-Manguinhos), onde também foi coordenador pedagógico. 

O evento terá como debatedoras Rachel Viana, mestra e doutora em história das ciências pela Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz e leciona na rede estadual do Rio de Janeiro, na escola Compositor Luiz Carlos da Vila, e Michelle Oliveira, professora de Educação de Jovens e Adultos da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), mestra em Educação, Cultura e Comunicação em Periferias Urbanas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. A mediação será feita por Leonardo Bueno, professor, tecnologista em Saúde Pública da Cooperação Social da Presidência da Fiocruz e doutor em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPUR/UFRJ). 

Data: 17/05
Horário: 15h / Transmissão 

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