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Lançamentos marcam abertura da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia na Fiocruz

Foto da solenidade de abertura da SNCT

15/10/2014

Por: Daniela Savaget (Agência Fiocruz de Notícias)

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A abertura da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) na Fiocruz foi marcada pelo lançamento da edição especial sobre tuberculose da revista Ciência Hoje, primeiro fruto da parceria recentemente firmada entre a Fiocruz e a publicação; e do vídeo Profissão cientista, produzido pelo Observatório da Juventude de Ciência e Tecnologia da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz). Coordenada pela Vice-Presidência de Ensino, Informação e Comunicação e pelo Museu da Vida, da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), a 11ª edição da SNCT traz como tema "Ciência e tecnologia para o desenvolvimento social".

Veja a programação completa da Semana.

“Temos uma necessidade contínua de divulgar ciência com qualidade, o que representa sempre um desafio”, destacou o coordenador adjunto de Pós-Graduação da Fiocruz, Milton Moraes, ao citar o lançamento da revista. A diretora do Instituto Ciência Hoje, Maria Lúcia Maciel, reforçou que “tanto a Fiocruz, quanto a Ciência Hoje, buscam a educação científica, a comunicação e a informação da ciência para a sociedade”. Em seguida, os participantes puderam assistir ao vídeo Profissão cientista, que conta a trajetória de seis pesquisadores da Fiocruz: Claudio Tadeu Daniel-Ribeiro, Jane Costa, José Augusto Nery, Lorelai Kury, Márcia Chame e Márcio Félix. Após o lançamento, foi realizado um bate-papo com os integrantes da produção.  

Comunicação e informação científica

Presente na mesa de abertura do encontro, o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, destacou que a divulgação científica é extremamente cara ao dia a dia da sociedade brasileira. Gadelha ilustrou a declaração afirmando que muitas das escolas agendadas para a SNCT cancelaram a visita à Fundação por conta do caso suspeito de ebola que chegou à Instituição na semana passada. “Essa atitude, por si só, já mostra a imprescindibilidade desse trabalho de educação científica, de popularização e de percepção pública da ciência, de capacidade da população entender ciência e interferir nos seus rumos, no seu cotidiano e no futuro do país e do planeta”, disse. Segundo Gadelha, no caso específico do Brasil, tivemos uma atuação eficaz em relação ao caso.

O paciente com suspeita de ebola foi internado na sexta-feira (10/10), no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), unidade da Fiocruz que é referência nacional para a doença. Todas as medidas de biossegurança foram adotadas pelas autoridades para isolamento do paciente. Os dois exames, porém, deram negativo para a infecção por ebola. “Já está caracterizado que esse paciente não tem ebola. Ele já saiu do isolamento e não há qualquer risco de contaminação”, afirmou Gadelha. “Apesar disso, a mentalidade que caracteriza a forma como as pessoas lidam com doenças e epidemias nos levam a um momento de criação de medo e a um clima de exclusão: o outro passa a ser visto como alguém que deve ser evitado”, completou.

Ciência como produção cultural

O presidente da Fiocruz lembrou que a sociedade já conhece o que significa um período de exclusão. “Conhecemos esse período com a hanseníase e também com as redes sociais, quando mal utilizadas”, destacou. “Por isso, a importância da divulgação científica, da comunicação. Ciência é um processo e uma produção cultural. Não é feita como algo fora da sociedade, somente num laboratório. Ela sofre os efeitos das mentalidades, da politica de um pais”, ressaltou Gadelha.

A vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação, Nísia Lima, também apontou a importância do debate provocado pela Semana. “O tema é Ciência e a tecnologia para o desenvolvimento social, o que coloca em foco questões essenciais do ponto de vista da sociedade, aspectos que vão muito além do desenvolvimento econômico”, disse. “Trata-se de uma ciência trabalhada em varias áreas do conhecimento, uma marca da nossa Fiocruz”, completou. Também participaram da mesa de abertura da SNCT o diretor do Museu da Vida, Diego Bevilaqua, e o presidente da Associação de Servidores da Fiocruz (Asfoc-SN), Paulo Garrido. 

Agenda de atrações

A agenda de atrações da SNCT continua até domingo (19/10), com jogos, exposições, cinema, música, teatro, contação de histórias e bate-papo com escritores e pesquisadores. Na sexta-feira (17), a partir de 9h, ocorrerá um bate-papo sobre ebola, com pesquisadores da Organização Internacional Não-Governamental Médicos sem Fronteiras, e também com a infectologista do INI Otília Lupi, no Auditório do Museu da Vida, no Campus Manguinhos, no Rio de Janeiro. As atividades também vão ocorrer no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, e serão levadas ao Palácio Itaboraí, em Petrópolis, e ao Parque da Cidade, em Brasília.

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