25/02/2021
Por: Regina Castro (CCS/Fiocruz)
Realizado pela Fiocruz, o Boletim InfoGripe mostra que oito dos 27 estados brasileiros apresentam sinal de crescimento, enquanto seis apresentaram tendência de queda de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e de Covid-19. Referente à Semana Epidemiológica 7 (período de 14 a 20 de fevereiro), a análise mostra que, apesar dos sinais de queda, todas as regiões se encontram na zona de risco.
O pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, ressalta que o cenário indica oscilação em torno de um platô. Embora haja tendência de queda em alguns estados, o crescimento em outros mantém a curva do país em situação de oscilação. Além disso, alerta Gomes, a ocorrência de casos e de óbitos continua em níveis muito altos.
Segundo a análise, de 2020 até a presente atualização, há um total de 794.500 casos reportados. Destes, 92.685 casos são referentes ao ano epidemiológico 2021, sendo 51.553 (55,6%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 15.046 (16,2%) negativos, e ao menos 16.675 (18,0%) aguardando resultado laboratorial. Dentre os positivos, 0,6% eram de vírus sincicial respiratório (VSR); e 95,4% de Sars-CoV-2 (Covid-19), sendo 0,0% para Influenza A e B.
Estados
Ceará, Santa Catarina e Tocantins apresentam sinal forte (probabilidade maior que 95%) de crescimento na tendência de longo prazo. Bahia, Espírito Santo, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Sul mostram sinal moderado (probabilidade maior que 75%) de crescimento na tendência de longo prazo (seis meses). Ceará e Paraíba acumulam cerca de seis semanas consecutivas com sinal de crescimento, enquanto Tocantins apresenta cinco semanas consecutivas com tendência de crescimento.
“Alagoas, Goiás, Maranhão e Rondônia, embora estejam com sinal de estabilidade na tendência de longo prazo para a Semana Epidemiológica 7, vêm de longo período de crescimento”, observa o pesquisador.
Nos estados de Santa Catarina e Tocantins, todas as macrorregiões de saúde encontram-se em situação de crescimento na tendência de longo prazo. No Ceará, quatro das cinco macrorregiões apresentam sinal forte de crescimento.
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