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IFF/Fiocruz se reinventa para manter o cuidado durante a pandemia

Voluntário com uma criança

20/10/2020

Por: Everton Lima (IFF/Fiocruz)*

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Com a pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2, causador da Covid-19), as atividades do Núcleo de Apoio a Projetos Educacionais e Culturais do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (Napec/IFF/Fiocruz) tiveram que ser repensadas. No início, em março, seguindo as recomendações do Ministério da Saúde (MS) e zelando pela saúde dos voluntários mais idosos, que pertencem ao grupo de risco da Covid-19, o entretenimento dos usuários passou a acontecer de forma on-line, com vídeos diários com músicas, leitura de histórias e atividades recreativas nas redes sociais do Núcleo (Facebook e Instagram). Já os voluntários mais jovens se organizaram para conseguir cestas básicas para as famílias com dificuldades socioeconômicas atendidas no Instituto e leite especial para as crianças com problemas gástricos, alérgicos ou com traqueostomia.

Sobre esse período inicial e o retorno dos atendimentos eletivos, em julho, a coordenadora do Napec do IFF/Fiocruz, Magdalena Oliveira, comenta. “Nosso principal desafio foi manter, de todas as maneiras possíveis, a conexão do Napec com as crianças e adolescentes internados. Tão logo foi possível, retornamos com todos os cuidados necessários a leitura, música e o projeto de educação informal para os pacientes das enfermarias de pediatria, cirurgia e Unidade Intermediária (UI), assim como o trabalho de voluntário acompanhante, pois alguns bebês e crianças ficavam desacompanhados de seus responsáveis e precisavam de acolhimento”.


Projeto Voluntário Acompanhante (Imagem: IFF)

O objetivo principal da iniciativa é promover espaços de cultura e educação, através do lazer e entretenimento colaborando assim com o desenvolvimento integral da saúde. “Estamos realizando várias ações, como a confecção de máscaras artesanais, com material adquirido pelo IFF/Fiocruz, produzidas por alguns voluntários do Napec e a melhoria da ambiência dos ambulatórios e enfermarias com pintura e adesivagem”, conta Magdalena.

Ao longo dos meses, muitas adaptações tiveram que ser implementadas e o Núcleo precisou se reinventar. “Os atendimentos aos pais de crianças e adolescentes do IFF/Fiocruz passaram a ser via WhatsApp, bem como reuniões on-line para a elaboração de projetos referentes a 2021/2022 junto à Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro”, explica Magdalena.

O momento delicado resultou em união, por meio de várias parcerias que contribuíram para a manutenção do trabalho do Napec e apoio às famílias com dificuldades socioeconômicas. “Somos muito gratos ao apoio humanitário que nos auxilia a atender as demandas dos usuários do Instituto. Como no início da pandemia ocorreram dificuldades de aquisição de Equipamento de Proteção Individual (EPI) devido à falta no mercado, recebemos doações de máscaras cirúrgicas e máscaras KN95 para os profissionais de saúde, usuários e seus familiares, além de cestas básicas, leites integral e dos tipos 1 e 2, e itens de higiene. Nossos parceiros vêm sendo o Instituto Profarma, a ONG Argilando, ON ZIN Webstore, Clube de Regatas do Flamengo, Grupo de Motociclistas Insanos MC, Compartilha Amor e Movimento Sintoniza”, destaca Magdalena.

A coordenadora de Atenção à Saúde do IFF/Fiocruz, Dolores Vidal, reconhece que o trabalho desenvolvido pelos voluntários junto aos pacientes internados e suas famílias é de fundamental importância. “Trata-se de um trabalho de parceria, de comprometimento e de competência realizado pelo Napec. Existe uma articulação direta com as demandas das famílias e das crianças, traduzidas através de diversas ações, que vão desde a viabilização de doações emergenciais - necessárias até a efetivação do direito pela via das políticas sociais públicas - até o apoio a projetos que buscam a melhoria do atendimento para a população atendida. Um exemplo, nesta perspectiva, foi a compra de três beliches, colchões e travesseiros para o alojamento para acompanhantes a fim de proporcionar mais conforto aos responsáveis de crianças internadas”, afirma ela.

*Colaboração: Suely Amarante

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