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HCS-Manguinhos homenageia o historiador Shozo Motoyama

Revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos (HCSM) homenageia o historiador das ciências Shozo Motoyama

08/09/2021

César Guerra Chevrand (COC/Fiocruz)

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Falecido em 26 de janeiro de 2021, aos 81 anos, o historiador das ciências Shozo Motoyama é homenageado na nova edição da revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos (HCSM). Filho de imigrantes japoneses e formado em Física, Motoyama foi professor titular de História da Ciência do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP). Seu obituário, Shozo Motoyama (1940-2021), várias tradições, em forma de carta da editora convidada, é assinado pela professora e colega da FFLCH-USP Márcia Regina Barros da Silva.

Disponível na íntegra no portal Scielo, o número 3 do volume 28 (julho/setembro de 2021) da HCS-Manguinhos também apresenta a seção Revisão historiográfica, assinado por Francisco Cancela. Professor do Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Cancela analisa a flora da antiga capitania de Porto Seguro no relato da Viagem ao Brasil (1815-1817) de Maximiliano de Wied, com especial atenção à contribuição das populações indígenas locais ao trabalho do naturalista.

Na seção Análise, destacam-se nove artigos sobre temas variados, como o desenvolvimento da neurologia no México, a construção histórica do conceito de enzima e os desafios da Casa da Ciência da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Pesquisadores do Observatório História e Saúde da Casa de Oswaldo Cruz, Fernando A. Pires-Alves e Carlos Henrique Assunção Paiva discorrem sobre a decisão da ditadura brasileira de não participar da Conferência Internacional sobre Atenção Primária à Saúde, realizada em 1978, em Alma-Ata (URSS).

Em Testemunhos Covid-19, seção criada na primeira edição da HCSM deste ano, reúnem-se artigos sobre a experiência de médicos, enfermeiras e pacientes no México, as epidemias em La Pampa, na Argentina e os paralelos históricos entre a Covid-19 e a gripe de 1918-1919. Professor da Faculdade de História da Universidade Federal do Pará (UFPA), Érico Silva Muniz debate o processo de interiorização da Covid-19 na Amazônia e as desigualdades sociais históricas da região no acesso a serviços e profissionais de saúde.

Uma das precursoras no trabalho de campo e ativismo da redução de danos no Brasil e uma das fundadoras da Associação Brasileira de Redutores de Danos, Fátima Machado é a entrevistada na seção Depoimento. Assinada pelos pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) Gustavo Gil Alarcão e André Mota, o artigo da seção Fontes. Em trabalho conjunto, eles analisam a trajetória do Boletim da Clínica Psiquiátrica da Faculdade de Medicina da USP, publicado entre 1962 e 1971.

Por fim, quatro textos compõem a seção Resenhas desta edição da HCS-Manguinhos. João Alves de Souza Neto trabalha sobre o livro Geografia das ciências, dos saberes e da história da geografia, de Larissa Alves de Lira, Manoel Fernandes de Sousa Neto, Rildo Borges Duarte (org.). As ciências na história das relações Brasil-EUA, de Magali Romero Sá, Dominichi Miranda de Sá e André Felipe Cândido da Silva (org.) é o tema de Ana Cristina Santos Matos Rocha. Pedro Lusz escreve sobre a obra coordenada por Luisa Massarani, O que os jovens brasileiros pensam da ciência e da tecnologia?. O livro ¡Madre y patria!: eugenesia, procreación y poder en una Argentina heteronormada, de Marisa Adriana Miranda, é o tema da resenha de Luciana Mercedes Linares.

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