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Gestão e abertura de dados é tema do Centro de Estudos do IOC 

13/11/2018

Por: Comunicação GTCA/Fiocruz

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A coordenadora do Grupo de Trabalho em Ciência Aberta (GTCA) da Fiocruz, Paula Xavier, participou nesta sexta-feira (09/11) do Centro de Estudos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), onde conduziu o debate sobre a gestão, abertura e compartilhamento de dados para pesquisa. Além do GTCA, compuseram a mesa os editores da Revista Memórias do IOC, que abordaram as transformações na comunicação científica com a crescente adoção do preprint por várias áreas de conhecimento.  

A primeira apresentação foi realizada pela editora da Revista Memórias do IOC, Claude Primez, que apresentou o modo de funcionamento e as principais falhas do sistema atual de revisão por pares às cegas, contrastando-o com a proposta do preprint, suas vantagens e desafios. A editora afirmou que, apesar da Memórias do IOC ter um alto fator de impacto, ela não pretende valorizar essa noção ao ponderar que este mecanismo de valoração da produção científica privilegia aspectos quantitativos em detrimento de aspectos mais relevantes como os benefícios gerados pela produção científica para a sociedade. Em seguida o co-editor da revista, Adeilton Brandão comparou a comunicação científica atual com uma visão de como ela deveria ser realizada hoje em dia, traçando paralelos com a proposta da Ciência Aberta. O co-editor também apresentou ainda um panorama de bancos de preprints que, embora não seja uma novidade na comunicação científica, sua crescente adoção por novas áreas de conhecimento vem destacando sua relevância. 

Já a terceira apresentação, de Paula Xavier, coordenadora do GTCA, difundiu um breve panorama da Ciência Aberta, suas expectativas e desafios, assim como divulgou as quatro estratégias para promover o processo coletivo de definição de diretrizes institucionais sobre o tema: 1) Debate, revisão e atualização do Termo de Referência; 2) Oferta de capacitações sobre temas como Ciência Aberta, Plano de Gestão de Dados e Marcos Legais; 3) Projetos piloto em seis áreas estratégicas e 4) Mapeamento dos projetos de pesquisa em curso que já lidam com exigências sobre dados por parte dos financiadores. 

Buscando dialogar com a realidade da unidade, foram apresentadas informações sobre o IOC no contexto da Ciência Aberta. Um quadro produzido pelas bibliotecárias Fátima Martins e Jaqueline Gomes, membros do GTCA, apresentou a aderência de revistas científicas privilegiadas pelos pesquisadores da unidade às políticas internacionais sobre dados de pesquisa. Já a equipe do Arca preparou gráficos sobre a adesão da unidade ao repositório institucional ao longo dos últimos anos. Veja na apresentação:

Após as três apresentações, o público expôs suas reflexões e pôde elucidar dúvidas como, por exemplo, uma suposta obrigatoriedade da abertura de dados para pesquisa. “A abertura de dados de pesquisa é um horizonte que pretende fomentar a ampla colaboração. No entanto, há diversos graus de abertura que, por sua vez, correspondem a situações e condições específicas. Nesse sentido, a gestão de dados é a condição essencial para identificarmos quais dados devem ser mantidos em segredo, quais dados devem ser compartilhados (sob condições reguladas como em convênios) e quais dados devem ser abertos de maneira ampla e irrestrita.”explicou a coordenadora do GTCA. 

A participação no Centro de Estudos do IOC é mais uma atividade do calendário de visitas que o GTCA está realizando em todas as unidades da Fiocruz para promover debates qualificados sobre gestão, compartilhamento e abertura de dados para pesquisa em saúde.   

Reprodução autorizada mediante indicação da fonte. 

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