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Fundação atende demanda de emergência para o SUS


29/07/2019

Alexandre Matos (Farmanguinhos)

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Milhões de pacientes poderiam ter tido seus tratamentos interrompidos, não fosse pelo intenso esforço realizado pela Fiocruz para a ampliação, em caráter emergencial, da produção de medicamentos. Em função da crise de abastecimento vivida pelo SUS, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) trabalhou de forma ininterrupta para atender à demanda do Ministério da Saúde de mais de 40 milhões de unidades farmacêuticas, em curto espaço de tempo, de medicamentos como tacrolimo (utilizado por pacientes transplantados para evitar a rejeição) e pramipexol (usado por pessoas com Doença de Parkinson).

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, e o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde (VPPIS), Marco Aurélio Krieger, deram o suporte nas negociações da Direção da unidade com o Ministério da Saúde e estiveram em Farmanguinhos para valorizar o trabalho das equipes. “Estou aqui para acompanhar de perto o esforço gigantesco que a nossa equipe está realizando para dar conta e responder a um problema fundamental de saúde pública Nós estamos aqui trabalhando com equipes diuturnamente e nos fins de semana para suprir essa importante necessidade do Ministério da Saúde e do Brasil, que pode realizá-la através da Fiocruz”, frisou Nísia.

Segundo a presidente, esse trabalho mostra o papel que a Fiocruz tem desde a sua origem, de responder aos desafios sanitários e fortalecer as políticas públicas e a produção de medicamentos, insumos, vacinas e diagnósticos para a população. Marco Aurélio Krieger ressaltou a capacidade técnica de Farmanguinhos, que, além de atender a demandas emergenciais, está em processo de conclusão de cinco Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP) este ano. “É um momento muito especial por estarmos comemorando a entrega de dois medicamentos frutos de PDP”, afirmou Krieger.
 
Hoje, a planta fabril do Complexo Tecnológico de Medicamentos (CTM) de Farmanguinhos está com mais oito itens em linha, todos voltados para distribuição no SUS: os antirretrovirais Efavirenz, Lamivudina+Zidovudina e Nevirapina, os antivirais Oseltamivir e Ribavirina, o antimalárico Cloroquina e a Vitamina A. Além desses produtos, o Instituto finalizou a fabricação dos lotes-piloto do Sevelâmer, para Doença Renal Crônica, e do Duplivir, assim chamado por reunir em um único comprimido dois princípios ativos (lamivudina e tenofovir), ambos provenientes de parceria.
 
“Estaremos finalizando em Farmanguinhos cinco PDP, o que significará o acesso a medicamentos por preço muito mais econômico para o nosso país. Essa é uma realização, que corresponde a uma política pública do Ministério, de fortalecer os laboratórios públicos, no nosso caso, Bio-Manguinhos e Farmanguinhos, mas todos os laboratórios públicos têm um papel nesse processo”, assinalou Nísia.

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