21/10/2022
Simone Kabarite
A programação do Fiocruz Mulheres e Meninas na Ciência na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNTC) recebeu, no dia 18 de outubro, para um bate-papo com estudantes, jovens pesquisadoras que participaram do evento alusivo à data comemorativa da edição de 2020. Aryella Couto Correia, Maria Eduarda Bento e Juliana Machado contaram como suas vidas mudaram depois da experiência que vivenciaram no Programa.
A atividade foi coordenada pela pesquisadora e secretária executiva do programa Fiocruz Mulheres e Meninas na Ciência, Edla Herculano, que conduziu a conversa com alunos do ensino fundamental da Escola Municipal Maria Clara Machado, em Magé. Segundo ela, a atividade foi pensada com o intuito de aproximar as crianças da ciência a partir de um bate papo com três meninas egressas do programa. “A vida delas mudou por completo após dois dias na Fiocruz. Eu acredito que essa dinâmica pôde aproximar esses estudantes e tratar de alguns temas, mesmo que de forma sutil, como a questão da visibilidade da mulher, além de despertar para a ciência e as diversas formas de produção do conhecimento da Fiocruz”, afirmou.
Atualmente, Maria Eduarda Bento cursa Enfermagem na UFRJ, e destacou a importância do programa para sua trajetória profissional. “Eu tive acesso ao Mulheres e Meninas na Ciência e pude ter uma nova perspectiva de futuro para além do trabalho em si. Quando tive contato com mulheres cientistas, mulheres pretas cientistas, como a Hilda Gomes e a Mychelle Alves, eu vi que era possível. Eu faço parte do Coletivo Motirõ, coordenado pela pesquisadora do Instituto Fernandes Figueira (IFF), Corina Mendes, que foi a minha incentivadora para entrar na faculdade e é uma inspiração pra mim”, destacou.
Ex-participante do Programa de Vocação Científica (Provoc), da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), Aryella Couto, mestranda da UERJ, deixou evidente sua paixão pela ciência, despertada na Fundação. “As mulheres estão na ciência há muito tempo, mas muitas tiveram suas pesquisas roubadas. Não me vejo mais não fazendo ciência. Tudo que faço em laboratório e pesquisas não faz sentido se não for para devolver para a sociedade como contribuição científica”.
A coordenadora Edla Herculano sorteou alguns exemplares do livro Histórias para inspirar futuras cientistas, de Juliana Krapp. O bate-papo despertou o interesse da plateia infanto-juvenil para o tema. “Deu vontade de fazer ciência! Quero cursar Enfermagem.”, afirmou Tainá Batista, aluna do nono ano do ensino fundamental.
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