Fiocruz Mata Atlântica abre as portas à comunidade da Colônia Juliano Moreira em prol da promoção da saúde do território

Sarau: Saúde em Cena teve programação cultural e diversas atividades de popularização da ciência para levar saúde à população local em parceria com a comunidade e os dispositivos da região 

Compartilhar a saúde de maneira lúdica e com muita diversão para todas as idades, essa foi a proposta do “Sarau: Saúde em Cena” que aconteceu neste sábado, dia 11/03, de 10h às 16h no campus da Fiocruz Mata Atlântica. O evento foi promovido pela Fiocruz Mata Atlântica e teve parceria do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) da Fiocruz, da Prefeitura do Rio de Janeiro com a presença das Clínicas da Família Arthur Bispo do Rosário e Raphael de Paula Souza, do Programa de Educação e Integração Psicossocial do Museu Bispo do Rosário, da Firjan SESI de Jacarepaguá, do Colégio Pedro II (Espaço Musical do Campus São Cristovão 3), do Movimento Morhan (Teatro Bacurau Morhan) e a presença do Zé Gotinha (setor de eventos da presidência da Fiocruz), bem como a programação cultural das bandas musicais e da geração de renda para as comunidades locais. 

Segundo Isabel Bonna, coordenadora da Escritório Técnico de Saúde Humana (ETSH) da FMA, o objetivo do evento foi a divulgação e o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) em territórios com vulnerabilidade social, com a participação popular e dos dispositivos de saúde, assistência, educação e cultura de Jacarepaguá. “A programação inclui temas de saúde, com enfoque na prevenção de doenças. A sensibilização comunitária para as medidas preventivas envolveu diversas ações, lúdicas e científicas, com a distribuição de materiais educativos e atividades para a população local. O evento inclui também a geração de renda para as comunidades locais, com a comercialização de comidas, bebidas e artesanatos, além de uma programação cultural musical (músicas regionais, samba, forró e muito mais) e encenações teatrais com temas em saúde”, explica. 

O evento contou com quatro blocos de organização: I- Atividades e ações em saúde; II- Geração de renda; III- Palco Cultural; e IV- Infraestrutura. Juliana Maia do ETSH-FMA e responsável pela geração de renda do evento para as comunidades locais, comenta: “Para as comunidades com vulnerabilidade social no entorno da FMA, principalmente após esse período extenso de afastamento social devido a pandemia da COVID, movimentos com geração de renda se tornam fundamentais para a sustentabilidade do território, especialmente para o fortalecimento das atividades produtivas e o estímulo à autonomia coletiva e individual por meio das suas habilidades”. 

Alice Kuzel, vice coordenadora do ETSH-FMA, responsável pelo palco cultural, ressalt:  “Estamos felizes com a realização de um sarau que trouxe representatividade e espaço aos artistas da região. Além da mobilização social, contamos com apresentações culturais como as dos grupos músicais (Caipirando, Banda 762, Estella e Álvaro e Bandana Split), de literatura (Nabby Clifford), de capoeira (mestre Belo) e teatral (teatro Bacurau Morhan)”. A Fiocruz Mata Atlântica apresentou a Trilha Interpretativa Fiocruz Mata Atlântica para os participantes e fez inscrição para formação de grupos guiados que desejam conhecer a trilha em datas agendadas. A interpretação de trilhas ecológicas em um ambiente de floresta tem como objetivo principal despertar os visitantes para a importância da conservação desse espaço, oferecendo informações relevantes que suscitem a curiosidade e troca de saberes. 

O Clubinho da Mata da Fiocruz Mata Atlântica também divulgou suas atividades para a comunidade e fez inscrição dos que desejam participar da nova temporada do clubinho que tem como objetivo oferecer, no contraturno escolar, estímulos e atividades lúdicas que contribuam para promover uma reflexão das crianças sobre questões socioambientais e a determinação social da saúde no território. 

O Escritório de Saúde Urbana da Fiocruz Mata Atlântica mostrou as tecnologias sociais dos Alagados construídos, uma solução sustentável para o saneamento, o “Minuto água”, e o Dispensador de cloro para tratamento de água sem acesso ao tratamento convencional; e a Coleta Seletiva com as soluções para o princípio dos 3 Rs – Reduzir, Reutilizar e Reciclar. 

O IOC/Fiocruz levou atividades lúdicas e científicas para falar sobre os vetores das Leishmanioses. “Apresentamos para o público do evento os vetores das leishmanioses, bem como medidas preventivas deste agravo, ciclo de transmissão e distribuição de material educativo”, explicou Margarete Martins dos Santos Afonso, do Laboratório de Referência Nacional e Internacional/Regional OPAS/MS de Vigilância Entomológica, Taxonomia e Ecologia de Vetores de Leishmanonioses e Laboratório Interdisciplinar de Vigilância Entomológica em Diptera e Hemiptera do IOC/Fiocruz. Além de Margarete, Wagner Alexandre Costa e Vanessa Rendeiro Vieira estiveram presentes na atividade para atender o público do Sarau. 

Também, aconteceram atividades sobre a prevenção de animais peçonhentos com a Casa Interativa: Casa da Virgínia Schall e a Ciência na estrada: educação e cidadania do IOC/Fiocruz; A Clínica da Família Arthur Bispo do Rosário falou sobre prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e distribui preservativos femininos e masculinos; a CF Raphael de Paula Souza falou sobre vacinação. A Firjan SESI fez o teste na população com a balança impedância, que analisa o percentual de gordura, músculo, hidratação e peso do indivíduo e após o resultado, orientou a população sobre a alimentação saudável e os riscos da má alimentação para a saúde. 

Além das tendas de promoção da saúde, o evento contou com a programação cultural que teve a presença da Bandana Split do Colégio Pedro II, do grupo Caipirando – Alma Carioca de Viola, da apresentação da ABC Capoeira do mestre Belo, da Banda 762 formada por pacientes remanescentes da Antiga Colônia Juliano Moreira, da Estella Saraiva e Álvaro Fusco, do Teatro Bacurau Morhan e do Nabby Clifford. Toda a venda de alimentos e artesanatos tiveram como participantes os moradores da região para mostrarem seu trabalho com geração de renda local. Os Quintais Produtivos marcaram presença e demais expositores. 

Essa iniciativa faz parte da missão da FMA na contribuição com o desenvolvimento da região de forma saudável e sustentável e integra a missão da Fiocruz no fortalecimento da promoção da saúde e do SUS. Teve um público flutuante de cerca de 400 pessoas. Foi um sucesso!