Fiocruz integra grupo para fortalecer o Complexo Econômico-Industrial da Saúde

A Fiocruz integra o grupo executivo criado pelo Ministério da Saúde (MS) para acompanhar as ações de fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, anunciado na última segunda-feira (3/4), com objetivo de expandir a produção nacional, reduzir a dependência do Brasil e assegurar o acesso universal à saúde. A expectativa com a ação é atender 70% das necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS) em medicamentos, equipamentos, vacinas e outros materiais médicos, em até dez anos.

A expectativa com a ação é atender 70% das necessidades do SUS em medicamentos, equipamentos, vacinas e outros materiais médicos, em até dez anos (foto: Ministério da Saúde)    

“A Fiocruz, agora membro do Geceis, está inteiramente à disposição, ao lado dos demais parceiros, para levar adiante esse grande projeto, que trará mais autonomia para o país e inclusão por meio da saúde, com um SUS mais forte e indutor de desenvolvimento econômico e social”, afirma Mario Moreira, presidente interino da Fiocruz. Além da Fiocruz, participam do grupo 20 órgãos públicos sob a coordenação dos ministérios da Saúde e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). 

Para viabilizar a expansão da produção nacional, o Ministério da Saúde articula uma ação interministerial e um amplo programa de investimentos voltados à inovação, tecnologia e ao desenvolvimento regional. A principal diretriz da nova política é aliar o crescimento econômico às demandas da saúde pública e questões sociais do país.

A criação do Grupo Executivo do Complexo Econômico-industrial da Saúde (Geceis) é uma das ações imediatas mais estratégicas para a agenda do Complexo Econômico-Industrial da Saúde e, de acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima, a inclusão da letra “e” no grupo executivo se refere ao termo 'econômico', numa clara alusão ao caminho para o desenvolvimento proposto pelo governo. O grupo interministerial vai atuar na construção e acompanhamento das ações para o fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde. Uma das prioridades será enfrentar a dependência do Brasil de Insumo Farmacêutico Ativo (IFAs), vacinas, equipamentos e materiais médicos.

“É uma grande satisfação ver a recriação do Geceis, como base fundamental para o esforço de reindustrialização do país, num setor de grande importância para sustentabilidade do SUS e garantia do acesso. A ministra apresentou uma meta desafiadora de ampliar o Ceis, a fim de que atenda a 70% da demanda do SUS em bens de saúde em 10 anos. O governo federal mostra assim seu compromisso de realizar esse conceito gestado na própria Fiocruz pelo pesquisador Carlos Gadelha, hoje secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde (Sectics)”, aponta Mário Moreira.

Entre as ações previstas estão a reindustrialização nacional, ampliação da produção e geração de empregos e produtividade, otimização do poder de compra do Estado, financiamento da ciência, redução da dependência produtiva e tecnológica, além de orientação do ambiente regulatório e cooperação regional e global. Para o estímulo ao desenvolvimento regional, também serão discutidos instrumentos para apoiar a produção local e isonomia competitiva e tributária. 

*Com informações da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e do Ministério da Saúde.