Fiocruz divulga dados atualizados de sua produção científica nos últimos 14 anos

O Observatório em Ciência Tecnologia e Inovação em Saúde da Fiocruz (Observatório CT&I em Saúde), iniciativa da Coordenação de Informação e Comunicação da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), divulga a primeira atualização de 2023 dos dados da produção científica da Fiocruz. No período entre janeiro de 2008 e novembro de 2022, 68.913 documentos técnico-científicos contendo pelo menos um autor ligado à Fiocruz foram recuperados de seis bases de dados: Web of Science, Scopus, PubMed, Lilacs, o repositório Arca e Plataforma Lattes.

Assim como o indicador de Produção Científica, o Observatório disponibiliza diferentes tipos de informação da Fundação. A coordenadora de informação e comunicação da Fiocruz, Vanessa Jorge, comenta sobre a utilidade da ferramenta para quem trabalha na Fiocruz. “As visualizações e os dados dos indicadores podem apoiar a presidência e as unidades nas tomadas de decisão, na avaliação das agendas de pesquisa e em outras ações." De acordo com a coordenadora, o Observatório pode ainda ser considerado uma ferramenta de Ciência Aberta, "ele favorece a transparência e fornece o acesso público e organizado a dados e informações por qualquer cidadão, considerando diferentes produtos técnico-científicos, podendo inclusive apoiar novas formas de avaliação da ciência” afirma Vanessa.

Novidades no dashboard de produção científica da Fiocruz

Um dos principais desafios para se resolver, quando se tem junção de bases de dados diferentes é a desambiguação de dados. Ou seja, entender quando um dado que aparece em uma base é igual ao dado de outra, mesmo que o nome não seja exatamente o mesmo. A analista de dados do Observatório CT&I em Saúde, Rafaela Grando, explica que na identificação de autores, por exemplo, para se aferir de maneira mais assertiva as publicações, usou-se o ORCID, um identificador alfanumérico de autores que ajuda a evitar ambiguidades. “O ORCID funciona como uma espécie de CPF do autor da publicação científica. Então, mesmo que o autor tenha seu nome escrito de forma abreviada, em forma de citação ou por extenso, com esta informação conseguimos atribuir de forma correta as publicações aos seus respectivos autores. Essa solução se aplica também para a dificuldade de se deduplicar produções de autores homônimos” detalha a analista.

“Além do uso do uso do ORCID e da inclusão das bases Arca, Lilacs e PubMed, uma outra novidade nesta versão é a melhoria da identificação de áreas temáticas. A gente já fazia a busca no título da produção, no resumo da produção nas key words dos autores e, nesta nova versão, nas palavras-chaves das bases de dados” comenta Rafaela.

O Observatório tem uma metodologia própria para categorizar o conteúdo técnico-científico. “Na edição anterior, já tinha áreas temáticas identificadas, mas nessa atualização foi possível fazer uma comparação e confirmar que a metodologia utilizada para identificação das áreas temáticas do Observatório é coerente, eficaz e assertiva” explica Grando. A comparação foi feita por análise entre as amostras das áreas identificadas pelo Observatório e das áreas temáticas recuperadas das bases de dados da WoS e Pubmed.

Tipologia documental e instituições parceiras

A tipologia documental da produção científica também foi atualizada. A produção considerada foi: artigos, comunicação em evento, livro ou capítulo de livro, editorial e outros (vídeos ou áudios, por exemplo). Atualmente, cerca de 60% da produção científica da Fiocruz corresponde aos artigos científicos.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) lideram as instituições parceiras da Fiocruz em publicações científicas. Esta área também teve mais refinamento na busca feita pela equipe de analistas de dados do Observatório no indicador de Produção Científica.

Cooperação internacional 

Com relação as cooperações internacionais, os países com os quais a Fiocruz mais publicou, de acordo com a amostra, foram Estados Unidos e França. Porém o mapa apresentado no Observatório mostra como temos produzidos com parceiros em diferentes regiões do mundo. Quer saber sobre a produção científica da Fiocruz com algum país? Veja no indicador de Produção Científica. 
 
Revistas científicas com mais publicações da Fiocruz

Ainda de acordo com os dados do Observatório, as cinco revistas científicas que mais têm produção científica na Fiocruz são: Ciência e Saúde Coletiva (1941), Cadernos de Saúde Pública (1761), Memórias do Instituto Oswaldo Cruz (1011), PloS One (823) e Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (650).

Duas das cinco primeiras revistas, Cadernos de Saúde Pública e Memórias IOC, são revistas institucionais em acesso aberto que fazem parte dos Periódicos Científicos da Fiocruz. Que tal conhecer todos os nove periódicos científicos da Fiocruz? Clique aqui e conheça o Portal de Periódicos da Fiocruz.

A próxima atualização do indicador de Produção Científica da Fiocruz está prevista para o segundo semestre de 2023 e prevê melhorias na higienização e harmonização dos dados.  

Todos os dados publicados no Observatório são atualizados periodicamente e sofrem constantes melhorias para acurar sempre com mais precisão as informações sobre a Fiocruz. O indicador de Produção Científica está numa versão beta (ou seja, versão em estágio de desenvolvimento, mas considerada aceitável para ser publicada) que ainda carece de harmonização de dados.