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Fiocruz discute saúde, ambiente e tecnologias sociais nos Diálogos Amazônicos


10/08/2023

Vinicius Ameixa (EFA 2030), Fiocruz Amazônia e Fiocruz Rondônia*

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A Fiocruz participou ativamente dos Diálogos Amazônicos, que precederam a Cúpula da Amazônia, em Belém, com a co-organização de dois eventos: Saúde e Ambiente na Amazônia: integração necessária hoje para atuação nos cenários futuros e o fortalecimento do SUS e O Papel Estratégico das Tecnologias Sociais para o Alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Amazônia. Ambos os encontros, que contaram com a presença de outras entidades e da sociedade civil, ocorreram no último sábado (5/8), no Hangar Centro de Convenções, em Belém. 

Fiocruz participou ativamente dos Diálogos Amazônicos, que precederam a Cúpula da Amazônia, em Belém (foto: Divulgação)

 

Os Diálogos Amazônicos foram organizados de 4 a 6 de agosto por representantes de entidades, movimentos sociais, academia, centros de pesquisa e agências governamentais do Brasil e de outros sete países. O evento integrou a programação da Cúpula Amazônia (8 e 9/8), com seus resultados sendo apresentados aos chefes de Estado reunidos em Belém. 
Saúde e Ambiente na Amazônia: integração necessária hoje para atuação nos cenários futuros e o fortalecimento do SUS, na manhã de sábado, foi um desdobramento do seminário de mesmo nome, que ocorreu em maio deste ano em Porto Velho, Rondônia. Em Belém, representando a Fiocruz, estiveram presentes a chefe de Gabinete, Zélia Profeta; o coordenador da Fiocruz Rondônia, Jansen Medeiros; e a vice-coordenadora de Pesquisa da Fiocruz Rondônia, Najla Matos. A ação contou com a presença do Secretário Estadual de Saúde do Pará, Rômulo Rodovalho Gomes, e representantes da Secretaria Especial de Saúde Indígena e dos Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) do Pará e Rondônia, dentre outras instituições.

O grupo apresentou iniciativas que já vêm sendo discutidas no âmbito da Fundação e de entidades parceiras em setores estratégicos (saúde, ciência, tecnologia, inovação, agências de fomento e movimentos sociais) com o objetivo de implementar uma agenda de políticas públicas de forma integrada na Amazônia, alinhadas aos desafios do SUS na região. Dentre as propostas, articula-se o Plano de Saúde da Amazônia Legal (Psal), que deve integrar o conjunto de projetos, políticas e ações do Ministério da Saúde em articulação com outros ministérios, autarquias, estados, municípios, instituições de pesquisa e movimentos sociais. No evento em Belém, o Psal foi apresentado pelos professores Paulo de Tarso Oliveira e Regina Feio Barroso, ambos da Universidade Federal do Pará (UFPA). 

ODS como meta

À tarde foi a vez do seminário o Papel Estratégico das Tecnologias Sociais para o Alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Amazônia, co-organizado pela Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030 (EFA 2030). O evento reuniu instituições e autoridades para discutir o valor do conhecimento científico e seu papel fundamental na busca por um futuro sustentável. Promovido pela Fiocruz, o Museu Emílio Goeldi, Instituto Mamirauá, Saúde Alegria e Universidade Rural da Amazônia (UFRA), o evento contou com a presença do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, e do ministro de Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias. 

O foco central das discussões recaiu sobre a importância do conhecimento científico na conquista de uma agenda sustentável. O prefeito Edmilson Rodrigues enfatizou a valorização do saber científico e instou a um maior investimento na produção técnico-científica. Ele salientou que a busca pelo conhecimento é uma ferramenta para tornar o mundo mais humano e contribuir com a evolução da sociedade.

O evento também foi uma oportunidade para debater os ODS, que têm como meta enfrentar os desafios de desenvolvimento, promovendo um crescimento global sustentável até 2030. O ministro Wellington Dias enfatizou a necessidade de envolver cientistas e acadêmicos na busca por soluções para impulsionar a Amazônia e o Brasil, em conformidade com os princípios da Organização das Nações Unidas (ONU).

Saúde indígena em livro

O Instituto Leônidas & Maria Deane (Fiocruz Amazônia) também marcou presença nos Diálogos Amazônicos com o pré-lançamento do livro A saúde indígena nas cidades: redes de atenção, cuidado tradicional e intercultural. A obra é fruto do trabalho realizado junto aos povos indígenas no Brasil, com uma atenção especial àqueles que vivem em contextos urbanos, sendo fundamentada na experiência do Projeto Manaós: Saúde Indígena no Contexto Urbano.

Durante o painel sobre Plano de Saúde da Amazônia Legal, o pesquisador em Saúde Pública da Fiocruz Amazônia, Rodrigo Tobias, apresentou o Projeto Manaós e seu impacto na saúde indígena em contextos urbanizados. O evento contou com a participação de autoridades como o secretário Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Vanderson Brito, e o assessor especial da ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima, Valcler Rangel, além de representantes de várias instituições acadêmicas e de pesquisa, incluindo Fiocruz Amazônia, Fiocruz Rondônia, Universidade Federal do Pará, Universidade do Estado do Pará, Museu Emilio Goeldi e Instituto Evandro Chagas.

Através desse esforço conjunto, o evento não apenas destacou o papel crucial da saúde indígena nas cidades, mas também demonstrou o comprometimento das instituições com a construção de políticas mais inclusivas e efetivas para os povos indígenas, visando garantir seu bem-estar e qualidade de vida nas áreas urbanas.

*Com informações do Museu Emílio Goeldi.

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