Fiocruz celebra o Dia Nacional da Ciência e dos Pesquisadores

Neste 8 de julho é celebrado o Dia Nacional da Ciência e dos Pesquisadores. A definição da data inspirou-se na criação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que se deu no mesmo dia, em 1948. A homenagem é também a essa associação parceira institucional da Fiocruz e seu compromisso histórico com a ciência, o desenvolvimento sustentável e a democracia. Por meio deste dia, as celebrações dos 74 anos da SBPC estendem-se assim a todas as instituições de CT&I do país.

O valor estratégico da ciência tem sido cada vez mais percebido pela sociedade. Fator de disputa entre grandes potências, diante das mudanças climáticas, das transformações no mundo trabalho e do impacto das novas tecnologias, a área tem tido protagonismo na busca de soluções para os grandes desafios do século XXI, entre eles a garantia do alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, que estabelecem como pilares a sustentabilidade social e ambiental e a redução das desigualdades sociais. A importância das instituições de ciência e tecnologia e universitárias fica também evidente no enfrentamento da pandemia de Covid-19 e de seus impactos sanitários, econômicos e sociais, na preparação para possíveis novas emergências sanitárias e na recuperação da sociedade, após uma crise tão devastadora. 

Nestes últimos anos, a Fiocruz mobilizou todas as suas áreas de atuação e pesquisa para ações concretas no enfrentamento da pandemia de Covid-19, entre outros problemas de saúde pública. As respostas dadas na realização de pesquisas, no desenvolvimento e produção de vacinas e kits diagnósticos, na assistência hospitalar e atenção primária, na vigilância em saúde, na educação, na informação e comunicação, entre outras, ajudaram a aliviar o sofrimento de milhões de brasileiros e reduzir o impacto sobre a mortalidade. Trata-se da ciência salvando vidas, o que somente foi possível graças às bases científicas consolidadas na instituição ao longo de mais de um século, ao trabalho das demais instituições universitárias e de CT&I e ao papel do Sistema Único de Saúde (SUS).

A ciência, celebrada hoje, precisa de investimentos contínuos a fim de preparar a sociedade brasileira para os desafios de um mundo em transformação, impactado por emergências sanitárias cada vez mais frequentes. Essa preparação só é possível com instituições fortes de CT&I e investimentos na educação. Faz-se imprescindível apoiar o trabalho dos pesquisadores e a formação de novos cientistas, considerando que hoje o Brasil conta com menos de 900 pesquisadores por milhão de habitantes e que apenas 21% da população entre 25 e 64 anos concluiu o curso superior. O contexto desfavorável não pode nos impedir de comemorar. Pelo cotidiano de dedicação à ciência e pelas respostas dadas à sociedade, precisa ser celebrado o trabalho realizado pela Fiocruz e pelas demais instituições de CT&I e universitárias do país.