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Exposição virtual apresenta curiosidades sobre a história da ciência e da saúde

Menina olhando objetos da exposição

22/05/2017

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Por: Lucas Rocha (IOC/Fiocruz)

Peças anatômicas, objetos e conteúdos de cunho histórico-científicos que compõem o acervo do Museu da Patologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) agora estão acessíveis a todos com apenas um clique. Lançado nesta sexta-feira, 19/05, durante sessão do Centro de Estudos do IOC, o ambiente virtual retrata a exposição Corpo, Saúde e Ciência: o Museu da Patologia do Instituto Oswaldo Cruz, que expõe itens e oferece informações referentes a três Coleções Biológicas mantidas pela unidade: a Coleção da Seção de Anatomia Patológica, criada por Oswaldo Cruz em 1903; a Coleção de Febre Amarela (1930 – 1970), que registra a história das epidemias da doença no Brasil; e a Coleção do Departamento de Patologia, que teve início em 1984, composta por material biológico e documental a partir de amostras humanas e animais. O evento integrou a programação da 15ª Semana Nacional de Museus, promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). O ambiente virtual é uma realização do Laboratório de Patologia do IOC em parceria com a Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz).

“Vamos levar os visitantes a uma viagem rumo ao conhecimento da patologia, explorando contextos históricos, científicos e tecnológicos. Pretendemos ampliar o acesso de estudantes, pesquisadores e demais interessados na área a assuntos de ciência e saúde, oferecendo informações precisas e de qualidade”, destaca Barbara Cristina Dias, do Laboratório de Patologia do IOC, curadora da mostra juntamente com Marcelo Pelajo Machado, chefe do Laboratório, e Pedro Paulo Soares, da COC.

Barbara explica que a visita virtual tem como referência a exposição Corpo, Saúde e Ciência, realizada em 2013, no Castelo da Fiocruz. “A ideia de possibilitar um passeio online surgiu a partir da demanda do público. A partir do empenho de uma grande equipe conseguimos tornar a exposição permanente e acessível a todos, sejam moradores do Rio, de outras cidades, estados e até países”, comemorou. O projeto conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).

A navegação é dividida em três módulos temáticos. O primeiro reúne informações sobre as primeiras descobertas da anatomia e destaca curiosidades, em especial a relação entre corpo, ciência e arte – nos séculos 15 e 16 era comum que anatomistas também fossem pintores, o que contribuiu para que a tentativa de representação anatômica ganhasse inspirações artísticas. No segundo, é traçado um panorama do Museu da Patologia, com destaque aos renomados especialistas que contribuíram para a construção do espaço, como Gaspar de Oliveira Vianna, Carlos Burle de Figueiredo e Emmanuel Dias. Esta etapa também ressalta a importância das atividades atuais de preservação do patrimônio, pesquisa, desenvolvimento tecnológico, ensino e divulgação científica. O último módulo traz uma breve passagem sobre os primeiros passos da anatomia no Brasil, bem como da histologia patológica, que se desenvolveu, inicialmente, relacionada à atuação da saúde pública diante das doenças parasitárias e infecciosas enfrentadas no país.

Multimídia
No tour virtual, a função do guia fica a cargo do pesquisador Marcelo Pelajo. Por meio de vídeos explicativos o material aborda, por exemplo, o processo de digitalização das lâminas histológicas, que amplifica a consulta ao acervo por pesquisadores brasileiros e estrangeiros; a evolução da tecnologia de análise e armazenamento do material; a descrição de peças anatômicas de pulmões, cérebro, artérias, rins e de fragmentos representativos de outros órgãos que compõem o museu. O visitante virtual também tem acesso a uma série de arquivos complementares à mostra, como artigos e textos sobre anatomia, produção da vacina contra a febre amarela, trajetória de Rocha Lima e teoria da história celular. Confira.

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