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EPSJV/Fiocruz promove workshop “Vigilância em Saúde e Territorialização”


29/07/2022

Redação EPSJV - EPSJV/Fiocruz

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A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) realizou, no dia 14 de julho, o workshop “Vigilância em Saúde e Territorialização”. A atividade é uma das etapas da pesquisa “Vigilância em Saúde (VS) e a territorialização: modelo e método para reorientação de práticas e saberes na Atenção Primária à Saúde (APS)”, coordenada pela professora-pesquisadora Gracia Gondim. O workshop contou com gestores da Vigilância em Saúde e Atenção Primária em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS-RJ), agentes de controle de endemias da equipe da pesquisa, além de trabalhadores da Escola Politécnica.

Na mesa de abertura, a diretora da EPSJV, Anamaria Corbo destacou a importância do projeto articular as frentes da VS e APS. “A educação tem que estar muito vinculada ao que acontece na realidade para, a partir dessa relação, conseguir problematizar a prática do trabalho desses profissionais”, refletiu.

Para Tânia Fonseca, da Coordenação de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz, a parceria da EPSJV com a prefeitura do Rio de Janeiro é muito mais do que um projeto de pesquisa. “Quando a Escola olha para o território, ela olha para a diversidade do Rio de Janeiro. Quando olha para a Vigilância e a inserção no território não só qualifica, mas traz aportes que vão ajudar em outros territórios. Os pesquisadores estão juntos com vocês”, afirmou.

Vigilância em Saúde e a territorialização

O projeto “Vigilância em Saúde (VS) e a territorialização: modelo e método para reorientação de práticas e saberes na Atenção Primária à Saúde (APS)” foi apresentado por Gracia Gondim. Financiado e desenvolvido no âmbito do Programa de Políticas Públicas e Modelos de Atenção e Gestão do Sistema e dos Serviços de Saúde (PMA/Fiocruz), em conjunto com o Programa Fiocruz de Fomento à Inovação, o Inova Fiocruz, o projeto tem o objetivo de analisar a racionalidade conceitual e técnica da Vigilância em Saúde e da territorialização de informações como modelo e metodologia integradores de saberes e práticas no âmbito da Atenção Primária em Saúde. A pesquisa é articulada com outra, “Redes educativas de Vigilância em Saúde: articulação de processos educativos em territórios vulneráveis para a criação de núcleos territorializados de agentes locais de vigilância em saúde”, também coordenada por Gracia Gondim, cujo financiamento finalizou em março de 2022 e contou com o apoio da Coordenação de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz. Esta buscou implantar um plano de ação para estruturação e fortalecimento de ações de vigilância em territórios vulnerabilizados no Rio de Janeiro.

O representante da coordenação de Vigilância em Saúde Ambiental da SMS-RJ Robson Bueno destacou a importância do diálogo com a EPSJV nesse momento de retomada das ações de controle de vetores e vigilância em face aos novos eventos transmissíveis em pauta – arboviroses e varíola dos macacos - que vão requerer estratégias de educação, comunicação e vigilância nos territórios, para além da continuidade das medidas não farmacológicas para Covid-19

De acordo com Gondim, a projeto busca sistematizar o conhecimento produzido sobre o tema, analisar a incorporação de saberes e práticas da VS na formação de trabalhadores da saúde, identificar mudanças no processo de trabalho de trabalhadores egressos de cursos de formação e qualificação profissional em VS, bem como destacar a proposta curricular do curso técnico da EPSJV. “O nosso desafio é integrar as ações de Vigilância em Saúde com Atenção Básica, porque se não houver essa integração, isso vai dificultar o fortalecimento do SUS nesses espaços locais”, apontou a coordenadora da pesquisa.

Um resultado da pesquisa é a proposta do Curso de Vigilância, Educação e Comunicação em Saúde de Base Territorial, que também foi apresentado no workshop pelos professores-pesquisadores da EPSJV, Maurício Monken e Edilene Pereira.

Segundo Pereira, o objetivo da formação é qualificar agentes de combate às endemias (ACE) e agentes comunitários de saúde (ACS) como dinamizadores territoriais para promover e fortalecer a criação de Redes Educativas e Núcleos Territorializados de Agentes Locais de Vigilância em Saúde para ação integrada de com a Atenção Primária à Saúde nos territórios de Mangueira, Maré e Alemão. “Queremos capacitar trabalhadores da saúde para atuarem como agentes dinamizadores no desenvolvimento de novas práticas educativas e comunicativas integradas com a população visando a promoção e a vigilância em saúde em territórios vulneráveis, além de elaborarmos planos para a ação educativa em Vigilância que fortaleçam a governança local em articulação com a Atenção Primária em Saúde”, explicou. Já segundo Monken, a ideia é potencializar as práticas educativas e de comunicação dos ACS e ACE. “A pandemia vem nos ensinando que a comunicação é muito importante no sentido de mobilizar a população não só no enfrentamento da Covid-19, mas de todas as doenças endêmicas”, completou.

Por fim, foi indicado nova rodada de conversa junto às Coordenações de Áreas de Planejamento (CAP), mobilizada pelos participantes do workshop, com o apoio dos pesquisadores do projeto da EPSJV/Fiocruz.

"O evento foi importante para o resgate da parceria entre a EPSJV/Fiocruz e a SMS-RJ, trazendo possibilidades de novas ações estratégicas aos processos de trabalho no território, por meio de um acordo de cooperação técnica para implementação de Plano de Formação no campo da Vigilância em Saúde, trazendo ânimo novo para superar as dificuldades decorrentes da pandemia", concluiu Gondim.

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