17/12/2018
Fonte: Canal Saúde/Fiocruz
A incidência do número de casos de malária vinha caindo de 2010 a 2015. O relatório anual das Organizações das Nações Unidas (OMS), divulgado esse mês, mostra que a doença voltou a crescer, principalmente em países africanos. De acordo com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, as ações de combate estão estagnadas por falta de investimento em programas de prevenção e tratamento.
Em 2017, o valor investido foi menor do que em 2016. Estima-se que para diminuir a incidência e a mortalidade da doença em 90% até 2030 será necessário investir mais do que o dobro disponível hoje. Isso significa, pelo menos, 6,6 bilhões de dólares anuais até 2020. Segundo Ghebreyesus, é preciso acelerar o ritmo do progresso, e os países e a comunidade de saúde global devem se unir em torno deste objetivo comum. Ou se faz isso, ou tudo pelo qual se lutou será perdido, afirma o diretor-geral.
No Brasil, a OMS estima que em 2017 houve um aumento de 84% dos casos da doença em relação a 2016. O Ministério da Saúde informa que a maioria está concentrada na região Amazônica.
Alguns pontos favoráveis também foram destacados no relatório. Apesar do quadro preocupante, mais países eliminaram a doença. O Paraguai recebeu esse ano a certificação da OMS livre da malária, e a Argélia, Argentina e o Uzbequistão já pediram suas certificações. China e El Salvador também caminham para a eliminação da doença, uma vez que não registraram nenhum caso em 2017. Outro dado favorável é a continuidade na queda do número de mortos pela malária.
Para conversar sobre o tema foram convidados a pesquisadora do Laboratório de Pesquisa Clínica em Doenças Febris Agudas do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), Anielle Pina; o médico da Fundação de Medicina Tropical e pesquisador do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), Marcus Lacerda; e o coordenador da Comissão de Infecção Hospitalar do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE/UERJ), Marcos Junqueira Lago.
Sobre o Sala de Convidados
Programa ao vivo, inédito toda terça-feira, das 11h às 12h. Os temas em geral são factuais, relacionados às políticas públicas na área da saúde e a participação do espectador pode ser antecipada ou no dia com perguntas através do número 0800 701 81 22, pela fan page do Canal Saúde, pelo e-mail canal@fiocruz.br e pelo chat (apenas durante o programa) no site da TV.
Como assistir
Televisão: canal 2.4, no Rio de Janeiro e em Brasília e 62.4, em São Paulo, na multiprogramação da TV Brasil, no Sistema Brasileiro de TV Digital (também é acessível para celulares com TV); em todo o Brasil por antena parabólica digital (frequência 3690). Internet: acesse o site do Canal Saúde e clique na página principal em Web TV (acessível por computadores e dispositivos móveis).
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